Os Skunk Anansie abriram as hostes do primeiro dia dos concertos que habitualmente decorrem no Queimódromo. Com quase 45 minutos de atraso, a banda britânica esperou que as pessoas se aproximassem do palco para galvanizar os presentes. Uma aposta ganha, já que o primeiro espetáculo levou o público ao rubro.
Num concerto marcado pela proximidade para com o público – Skin, a vocalista, foi ter com as pessoas por diversas vezes – a banda fez questão de frisar que “gostava muito do Porto e de Portugal”. Entre saltos e gritos do público, em tom de provocação, Skin afirmou ainda “admirar muito Lisboa”, declarações que levaram a alguns risos no Queimódromo.
Com diversas músicas do novo álbum “Anarchytecture”, como “The Sinking Feeling” ou “Death to the Lovers”, foram comuns as trocas de guitarras entre os elementos da banda, ao ponto da própria vocalista demonstrar que os seus dotes musicais não se esgotam no microfone.
Alternando entre músicas agitadas e outras mais suaves, os Skunk Anansie “enervaram” os presentes, ao passarem cinco minutos sem tocar uma música – para criar expectativa nos presentes -, o que lhes valeu alguns assobios. A fechar, ficaram as músicas “Hedonism” e “Weak”, duas das mais conhecidas do grupo.
Sem esquecer que a Queima das Fitas é sinónimo de festa académica, Skin desejou “boa sorte a todos os estudantes nos exames”.
Paradigma com menor impacto
Pouco depois dos Skunk Anansie terminarem o concerto, foi a vez de os Paradigma subirem ao palco. A ordem prevista era a inversa, mas a troca teve de ser feita a pedido da banda britânica que precisava seguir viagem logo a seguir ao concerto.
Os portugueses, não agregaram um público tão vasto quanto os britânicos, sendo que eram sobretudo os mais jovens a assistir. Ainda assim, os presentes mostraram-se entusiasmados com as suas músicas.
A banda vencedora do XIV Concurso de Bandas de Garagem da Queima das Fitas do Porto 2016, cantou apenas em português. Samuel Oliveira, o baterista, João Monteiro e Miguel Araújo, vocalistas e guitarristas, incidiram em temas como a liberdade e os direitos dos trabalhadores, dado o concerto ter sido realizado precisamente no primeiro de maio, Dia do Trabalhador.
Perante um público um pouco tímido, a meio do concerto, João Oliveira surgiu com um saxofone, surpreendendo os presentes. Raras foram as vezes em que os Paradigma não perguntavam se “o Porto se estava a divertir”. Os presentes respondiam com gritos e cânticos.
Ainda que tenham sido poucos aqueles que assistiram à banda portuguesa, no final do concerto a banda “agradeceu ao Porto pela oportunidade”.