Na próxima quarta-feira, e sem interrupções até sábado, o Cinema Passos Manuel alberga o terceiro ciclo da terceira edição do “Há filmes na Baixa!”. Os quatro filmes que vão estar em exibição pela primeira vez no Porto já foram apresentados noutros locais. Alguns deles, foram mesmo premiados em festivais internacionais.

“Rio Corgo” é o primeiro da programação deste ciclo: leva aos espectadores o mundo do sobrenatural e o interior de uma aldeia portuguesa isolada. O filme documental tem a duração de 95 minutos e vai contar com a presença dos realizadores na sessão de apresentação. “Rio Corgo”, da autoria de Maya Kosa e Sérgio da Costa, vai ser exibido na próxima quarta-feira, às 22h00. O documentário não só foi exibido no Festival de Berlim, como também ganhou o prémio de melhor filme na Competição Nacional do DocLisboa.

“Porque não sou o Giacometti do século XXI”, de Tiago Pereira, vai encher a sala do Passos Manuel na quarta-feira. Às 22h00, o documentário que é o prolongamento das investigações realizadas na área da música pelo realizador, a propósito do projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria” vai ser exibido e tem a duração de 50 minutos.

Já na reta final, “Rabo de Peixe” é o protagonista. No penúltimo dia do festival, os espectadores são transportados para os Açores, sem sair do sítio: o documentário em exibição na sexta-feira, às 22h00, mostra os efeitos da quebra da pesca na população açoriana. O filme documental, com a duração de 103 minutos, é da autoria de Joaquim Pinto e Nuno Leonel.

Para encerrar o “Há filmes na Baixa!” deste mês, “Talvez Deserto, Talvez Universo”, de Karen Akerman e Miguel Seabra Lopes. É o interior de uma Unidade de Internamento de Psiquiatria Forense e o passar do tempo para quem a habita que o documentário leva ao público. O filme, exibido no sábado, às 22h00, tem a duração de 100 minutos.

Uma das mais importantes características deste ciclo é a diversidade temática e estética. O objetivo do festival organizado pelo Porto/Post/Doc, com o apoio da Associação de Investigadores da Imagem em Movimento (AIM), é promover o cinema documental, em particular as suas formas contemporâneas.

O Porto/Post/Doc propõe-se também, com o “Há filmes na Baixa!”, a descobrir o cinema português e a dar um lugar de destaque às “cinematografias menores”. Criar uma ligação entre o cinema e outras artes, como música, dança, teatro, é também um dos propósitos deste festival.

O certame, que se inicia na próxima quarta-feira e termina no sábado, tem o custo de quatro euros. No entanto, estudantes e pessoas com idade superior a 65 anos têm desconto de 50%.

Artigo corrigido às 14h54 do dia 3 de maio de 2016 com alteração da data de começo do ciclo

Artigo editado por Filipa Silva