Ao contrário do que acontecia nos anos anteriores, a 13ª edição do festival “Black & White” não vai apresentar as habituais competições. Este ano estas vão ser interrompidas para dar lugar à exibição dos “melhores” filmes das edições anteriores, no cinema Passos Manuel, no Porto.

A edição especial, a acontecer no dias 13 e 14 de maio, vai ser marcada por momentos “únicos”, para reviver o caminho percorrido nos últimos 12 anos.

Jaime Neves, diretor do festival, conta ao JPN que a mudança do espaço faz parte de uma estratégia que a direção pretende implementar. “Este é o ano de reflexão que vai tornar o festival seguramente muito maior em 2017”, indica Jaime Neves. A organização ressalta que “é o momento que tinha que acontecer, é o momento para que a direção do festival repensar numa série de coisas”.

A organização prevê algumas alterações em relação ao projeto, pois “ao longo dos anos a cidade registou transformações”. Jaime Neves salienta que este período de “reflexão” pode trazer alguns “riscos” que a organização já tem “calculados”, mas defende que as modificações podem “trazer novos patrocinadores ao evento, o que tornaria o festival ainda maior”.

O lançamento da 13ª edição do festival vai contribuir para as modificações que a direção pretende realizar, “o mais visível assenta na troca do espaço” e na “afluência do público que esta experiência vai proporcionar”.

Jaime Neves sublinha que no local onde o festival é normalmente realizado – na Escola das Artes da Universidade Católica do Porto, na Foz – os acessos são restritos: “Não existe uma estação de metro e nos últimos anos temos recebido algumas críticas de espectadores que nos dizem que, sobretudo à noite, é muito difícil se deslocarem para aquela parte da cidade se estiverem dependentes dos transportes públicos”.

Por isso, a ideia da organização para este ano é lançar o festival com duas sessões no centro do Porto.

O que dizer do “Black & White”

O “Black & White” é um Festival Internacional Audiovisual criado pela Escola das Artes da Universidade Católica no Porto (UCP), em 2004. O evento, de acordo com Jaime Neves, é “único” no mundo e dedica-se ao uso das novas tecnologias voltadas para a estética do preto e branco.

O festival está voltado para as competições dos melhores filmes de todos os continentes. Para além da competição, promove “workshops”, demostrações e “artist talks”, retrospetivas e proporciona um encontro anual a profissionais e agentes do cinema e do audiovisual.

Apesar de ter sido criado no Porto, é um evento que envolve pessoas de todo mundo, ou seja, todos podem participar. “Não é um festival académico é um festival direcionado primeiro para quem gosta de cinema e segundo para quem é muito curioso e esteja disponível”, explica ao JPN o diretor do “Black & White”.

O que esperar da “edição especial”

Para esta edição, a organização pensou em duas sessões livres, nos dias 13 e 14 de maio, à noite. Durante o festival vão ser apresentados os 13 filmes selecionados pela organização. “Para quem perdeu as 12 edições poderá rever em duas noites, o melhor do melhor”, antecipa Jaime Neves.

“São filmes com uma listagem de participações em festivais de todo mundo, muito extensa. Todos os filmes que vamos exibir têm um percurso admirável em festivais de cinema de todo mundo. Filmes que fizeram história nas edições do ‘Black & White’”, explica o diretor do festival.

A programação inclui filmes de países como a Alemanha, Holanda, Rússia, França, Espanha, Finlândia e Brasil.

Artigo editado por Sara Gerivaz