Cerca de 220 mil pessoas deram entrada no Queimódromo entre os passados dias 1 e 7 de maio, na edição de 2016 da Queima das Fitas do Porto. Ao JPN, o presidente da Federação Académica do Porto (FAP), Daniel Freitas, avança que a maior afluência se registou na terça-feira – dia do cortejo académico – quando 35 mil pessoas assistiram aos concertos de Ana Malhoa e Quim Barreiros. O passe semanal, que servia de ingresso para todos os dias da Queima, custava 56 euros e foi vendido a 4.500 estudantes.

No palco principal do Queimódromo atuaram nomes como Skunk Anansie, Agir, Miguel Araújo, Regula, Richie Campbell, Ana Malhoa, Quim Barreiros, Xutos e Pontapés, Kura, Borgore, Gabriel O Pensador e Buraka Som Sistema.

“O clima influencia a afluência ao recinto”, garante Daniel Freitas. “Quando chove, há menos pessoas a entrar e quando está bom tempo, há um maior registo de vendas”, explica. Quinta-feira, dia 5 de maio, a precipitação não deu tréguas na parte ocidental da cidade do Porto, mas “ainda assim, acabou por não demover as pessoas”, afirma o presidente da FAP. Os restantes dias, segundo o próprio, “podiam ter sido melhores se não tivesse chovido”, já que, explica, o “receio da chuva” leva a que “as pessoas acabem por se inibir de ir para o recinto”.

Em 2015, o concerto de Anselmo Ralph lotou a quarta-feira de Queima. Nesse dia, Daniel Freitas indica que 45 mil pessoas deram entrada no Queimódromo. Este ano, no entanto, o líder da FAP assegura que “essa concentração se diluiu ao longo dos vários dias”. O equilíbrio na afluência das diversas noites foi nota predominante, diz-nos.

Skunk Anansie e Borgore foram os artistas que motivaram maior investimento por parte da FAP, tendo havido ainda “um investimento interessante” na vinda dos Buraka Som Sistema.

Nas 112 “barraquinhas”, localizadas dentro do recinto, a bebida mais consumida foi a cerveja. Daniel Freitas não adianta números mas assegura que as bebidas “brancas” mais vendidas foram à base de vodca e uísque.

Em jeito de conclusão, o presidente da FAP garante que esta edição foi “globalmente muito positiva e que correu bem”, também por causa do “bom tempo naquelas atividades que são mais procuradas pelos estudantes e famílias, nomeadamente a Serenata, a Missa de Benção das Pastas e o Cortejo”. O histórico da Queima das Fitas permite, segundo Daniel Freitas, “analisar alguns problemas do passado”.

Para 2017, o presidente da FAP sente que é preciso “continuar o bom trabalho que tem sido feito”. Neste sentido, Daniel Freitas pensa que “não há muito a melhorar”, pois já estão reunidas as “condições de segurança”, a “agradabilidade”, a “diversidade de barraquinhas, de concessionários, de divertimentos e de artistas”.

De momento, à Federação Académica do Porto interessa “consolidar tudo isto e encontrar formas de atrair mais público para a próxima edição” da Queima das Fitas.

 

Artigo editado por Filipa Silva