O número de licenciados sem emprego aumentou no primeiro trimestre de 2016. Segundo os números divulgados esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), houve um aumento de 0,3 pontos percentuais (p.p.) na taxa de desemprego de indivíduos com o Ensino Superior completo, em comparação com o trimestre anterior. Relativamente ao período homólogo do ano transato, os 9,6% de jovens licenciados desempregados manteve-se inalterado.

Já o desemprego jovem – de pessoas entre os 15 e os 24 anos – diminuiu 1,8 p.p. face ao trimestre anterior e 3,4 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior, fixando-se, no primeiro trimestre de 2016 nos 31%.

Quanto à taxa de desemprego global, no primeiro trimestre deste ano, deu-se um aumento de 0,2 p.p., comparativamente com os últimos três meses de 2015. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o valor global é 1,3 p.p. inferior. Num universo de 640.200 pessoas sem emprego, verificou-se uma subida de 1% num aumento trimestral de mais 6.300 indivíduos desempregados. Face aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2015, houve menos 72.700 pessoas sem emprego, ou seja, uma diminuição homóloga de 10,2%.

Nas estimativas do INE – nas quais foi considerada a população com 15 ou mais anos, sem ajuste dos valores de sazonalidade – o número de pessoas empregadas é de 4.513.300. Isto equivale a uma redução, este trimestre, de 48.200 indivíduos (-1,1%) e a um aumento homólogo de mais 36.200 pessoas (0,8%).

Na população em idade ativa – entre os 15 e os 64 anos – a taxa de atividade foi de 58,1%. Este numero é inferior ao observado no trimestre anterior (-0,5 p.p.) e ao período homólogo de 2015 (-0,4 p.p.). Nos primeiros três meses de 2016, a taxa de emprego dos homens situou-se nos 55,6% contra 46,8% das mulheres: uma diferença de 8,8 p.p..

Da população empregada em Portugal, 69% trabalha no setor dos serviços, 24,5% na indústria, construção, energia e água e 6,5% nos ramos da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca. 82,3% encontram-se empregadas por conta de outrem, 17% por conta própria e 0,7% têm trabalhos familiares não remunerados.

O relatório do INE afirma que “esta diminuição [da população empregada], que habitualmente ocorre no primeiro trimestre de cada ano, foi superior às observadas nos primeiros trimestres de 2014 e 2015, igual à de 2012 e inferior à de 2013”.

 

Artigo editado por Filipa Silva