A 13ª edição do Serralves em Festa foi apresentada esta quinta-feira em conferência de imprensa. Segundo a presidente da Fundação, Ana Pinho, “este é o maior evento da cultura contemporânea em Portugal e um dos maiores da Europa” com centenas de atividades a decorrer nos vários espaços de Serralves.

A Festa decorre nos dias 4 e 5 de junho, durante 40 horas consecutivas, das 8 da manhã de sábado, à meia-noite de domingo.

“Juntar Mundos” é o tema da edição deste ano do Serralves em Festa, o que, segundo a presidente da Fundação, “reflete fielmente o espírito desta grande celebração das artes e cultura”, que reúne o trabalho de artistas locais e nacionais, a par de artistas de diferentes partes do mundo, num “grande exemplo de convivência intercultural”.

O Serralves em Festa vai também ser marcado pela presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que visita a Festa no dia 5 de junho, de manhã.

A programação

A apresentação da programação esteve a cargo da diretora do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Suzanne Cotter, que referiu o “vasto menú de atividades”, que envolvem as áreas da música, da dança, da performance, do circo contemporâneo, do teatro e do cinema.

Seguindo o exemplo das edições anteriores, Serralves faz uma antecipação do evento na Baixa do Porto, nos dias 2 e 3 de junho, com a apresentação do projeto musical “Wreck”, de Jon Rose, e ainda a performance “Strata.2” da italiana Maria Donata D’Urso. Também o espanhol Alex Mendizabal estará com uma instalação sonora performativa a partir de dezenas de balões na avenida dos Aliados.

De volta ao Parque

Dentro de portas, o destaque para a música vai para o projeto “Oxidation Machine”, do portuense Jonathan Saldanha com vários músicos produtores convidados, que vai ser apresentado durante as 40 horas do Serralves em Festa. Para além dest,e destaca-se ainda o concerto dos “Natural Information Society & Guests”, a banda fundada pelo músico americano Joshua Abrams.

Ainda na música, o Serralves em Festa apresenta os “Calibro 35”, uma banda funk de Milão, e “Interactive Ball”, do australiano Jon Rose.

Na Festa do Prado, que acontece na madrugada de sábado, destaca-se o projecto “PowerPlant”, de um dos nomes mais importantes da música electrónica britânica dos últimos anos: Shackleton.

Destacam-se ainda o grupo “BATUK”, um coletivo musical da África do Sul que mistura música house com ritmos africanos, e para além deste, o DJ Tiago Miranda.

No que diz respeito à dança, o Serralves em Festa traz uma estreia mundial: “Eu – Globulus”, de Pedro Prazeres. Para além disto conta com atuações do Balleteatro, do Ginasiano de Vila Nova de Gaia e da Academia Contemporânea do Espetáculo (ACE), que a diretora do museu não quis deixar de destacar.

No teatro, vai ser apresentado o projeto “E se tudo fosse amarelo?”, de Sílvia Real, uma peça onde as crianças têm espaço de experimentação, invenção, pensamento e de diálogo em várias linguagens como a dança, a música e o teatro. Para além desta, destaque também para “Sem remetente”, de Quique Mendez, com apresentações ao longo dos dois dias.

O Serralves em Festa vai também ter um leque de oficinas e visitas guiadas para toda a família, bem como sessões de cinema e projetos de fotografia. Para Suzanne Cotter “o público é o protagonista mais importante da festa” e, por isso mesmo, Serralves quer que todos participem.

A entrada, como sempre, é  gratuita. As 40 horas do evento incluem ainda visitas guiadas ao parque, às exposições no museu, aos espaços arquitetónicos e às esculturas, bem como oficinas para toda a família na área da fotografia, desenho, performance, entre outros.

O Serralves em Festa já recebeu, ao longo das 12 edições anteriores, mais de um milhão e cem mil visitantes, e a presidente da Fundação referiu que este é um evento de grande relevância na estratégia de Serralves – no capítulo da sensibilização e cativação de públicos – e o facto de ter entrada gratuita contribui para “a democratização da cultura, que é algo muito importante” para a Fundação.

Artigo editado por Filipa Silva