Bárbara Reis, atual diretora do jornal Público, deixa o cargo em novembro, depois de sete anos na direção. Ainda não é conhecido o substituto.

A notícia foi anunciada internamente à redação do jornal, esta terça-feira, através de um comunicado interno da administração do Público, que é detido pela Sonae.

No documento, citado pela Lusa, lê-se que a diretora do Público e o Conselho de Administração acordaram fechar, no próximo mês de novembro, “um longo ciclo da sua vida profissional”, sem adiantar quem lhe irá suceder no cargo.

A jornalista começou a sua carreira no Expresso e foi depois convidada a fazer parte da equipa do Público. Foi correspondente do jornal em Nova Iorque e acabou por integrar uma missão das Nações Unidas em Timor. Bárbara Reis regressou ao Público em 2002, onde ajudou a lançar o P2, foi editora de Cultura e assumiu a direção em 2009, cargo que abandona agora, sete anos depois.

No documento, a administração reconhece o “zelo e brio profissionais” da diretora do jornal. O Conselho de Administração adianta, ainda, que Bárbara Reis se vai dedicar a outros dos seus “multifacetados interesses” dentro do jornal.

A nota admite que “perante os rumores dos últimos dias” sobre desentendimentos entre direção e administração do jornal, entendeu “ser preferível antecipar a divulgação deste processo”. “As especulações sobre conflitos ou simples desentendimentos tornar-se-iam fortemente desestabilizadoras do jornal e, em acréscimo, seriam particularmente injustas para com a sua diretora”, lê-se.

O Conselho de Administração sublinha que a dedicação e o empenho profissional de Bárbara Reis “foram decisivos para poder atravessar estes últimos anos tão ingratos para toda a comunicação social portuguesa”.

A nota adianta ainda que administração está a preparar a substituição de Bárbara Reis na direção “com cuidado e de modo organizado e sereno para impedir que decisões de caráter urgente ou súbito prejudiquem o Público e os seus colaboradores”. Em 2009, a jornalista assumiu a direção do diário, sucedendo a José Manuel Fernandes.

Artigo editado por Sara Gerivaz