De Paris a Marselha, passando por Saint-Etiénne, são dez os estádios que vão ser palco de toda a ação a partir de 10 de junho. O JPN passou-os em revista.

De norte a sul de França, são dez os estádios que vão dar vida ao Europeu de 2016. Alguns foram renovados, outros esperam que a história que carregam ajude a criar uma atmosfera inesquecível. O JPN não se esqueceu de nenhum e passou-os em revista.

O estádio mais a norte é a casa do Lille. A necessidade de um estádio maior por parte do clube local fez com que, em 2012, surgisse o Stade Pierre Mauroy, localizado nos arredores da cidade.

A particularidade de ter um teto retrátil, que cobre o espaço em apenas 30 minutos, faz dele um estádio curioso. Já o nome deve-o ao antigo presidente da Câmara de Lille (entre 1973 e 2011) e primeiro-ministro (1981-1984), um adepto fervoroso.

O Stade Geoffroy-Guichard, casa do Saint-Étienne desde 1931, é outros dos estádios deste Europeu. Deve o seu nome ao fundador de uma cadeia de casinos, que sustentou o clube durante anos.

O recinto já foi palco do Jogo Contra a Pobreza em 2015, do Campeonato da Europa de 1984, do Campeonato do Mundo de 1998 e da Taça do Mundo de Râguebi de 2007, sofrendo melhorias antes de cada um destes eventos.

Estádios renovados a pensar no Euro 2016

Inaugurado em 2013, o Stade de Nice, mais conhecido pelo nome comercial de Allianz Riviera, era uma promessa já muito esperada. A construção deste novo estádio deve-se ao Europeu e veio substituir o já antigo Stade Léo-Langrange.

É o sexto maior estádio de futebol em França e acolhe também o Museu Nacional do Desporto, anteriormente em Paris e inaugurado em Nice em 2014.

Construído em 1937, o Stade Vélodrome foi reinaugurado em 2014, após as obras de renovação para o Euro 2016 estarem concluídas.

O estádio deve o seu nome à pista de ciclismo existente aquando da primeira inauguração, em 1937. Apesar disso, o modo multiusos do espaço terminou em 1985, com a remoção da pista de ciclismo.

Em Bordéus, o estádio também é novo. Os trabalhos de construção para o novo Stade de Bordeaux começaram em 2013. Em maio de 2015, 26 meses depois, a obra ficou concluída.

A empresa a cargo do projeto foi a suíça Herzog & de Meuron, responsável pela Fußball Arena München, o estádio do Bayern de Munique. Veio substituir o Stade Chaban-Delmas, que foi palco do Mundial de 1938 e de 1998.

Já o Stade Bollaert-Delelis, em Lens, foi renovado durante a época 2014/2015, tendo a obra ficado concluída também em maio do ano passado.

O estádio era conhecido como Stade Félix-Bollaert, nome do antigo diretor comercial da companhia mineira de Lens, até ver a designação alterada em 2012, depois do autarca local e fervoroso adepto do Lens André Delelis morrer.

Também conhecido como Parc Olympique Lyonnais ou Stade des Lumières, o Stade de Lyon é o estádio mais recente. Foi inaugurado este ano e veio substituir o Stade de Gerland, casa do Lyon desde 1950.

Localizado a dez quilómetros do centro da cidade, o Stade de Lyon está integrado num complexo desportivo com mais de 50 hectares, que incluiu o centro de estágio do Lyon, hotéis e prédios de escritórios.

O Stadium de Toulouse foi renovado para o Europeu, tendo sido reinaugurado em janeiro deste ano. O estádio foi palco dos melhores momentos do clube da casa, como a vitória na primeira eliminatória da Taça UEFA sobre o SSC Napoli, em 1986.

Em 2001, o estádio foi alvo de reparações depois de uma explosão numa fábrica de produtos químicos o ter danificado.

O Stadium de Toulouse também costuma receber jogos de râguebi e já recebeu a Taça do Mundo desta modalidade (2007).

Estádios com história

A dez quilómetros do centro da capital francesa, está o Stade de France, construído para o Mundial de 1998. Foi neste palco e nesse Mundial que a França se tornou campeã do mundo.

A grande curiosidade deste estádio é o facto do primeiro golo a ser marcado no Stade de France ter sido da autoria de Zinedine Zidane, num amigável com a Espanha (1-0).

É este o espaço que abre e fecha a competição europeia. Se a 10 de julho recebe a final, um mês antes abre as hostes com o jogo entre a França e a Roménia.

Também na capital, situa-se o Parc des Princes. Com quase 120 anos de história, é um dos estádios mais icónicos em França.

Inaugurado em 1897, já sofreu três grandes modernizações – a última aconteceu em 1972, quando as bancadas foram reconstruídas. Para o Euro 2016 também se fizeram algumas alterações de modo a poder albergar 45 mil espectadores.

Aqui já se disputaram seis finais europeias de futebol de clubes. A primeira edição da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1956, foi uma delas.

Também foi aqui que a França de Platini venceu a Espanha na final do Euro 1984 e que a URSS derrotou a Jugoslávia na final do primeiro Europeu, em 1960.

O estádio deve o nome à sua localização que, no século XVIII, era um terreno de caça real.