Muitas particularidades envolvem a evolução das bolas oficiais dos Campeonatos Europeus de Futebol. Descubra a evolução dos esféricos desde 1960 até 2016.
A primeira edição do Campeonato Europeu de Futebol, realizado em França no ano de 1960, teve como bola oficial um esférico totalmente revestido a couro alaranjado, com costuras da mesma cor.
Quatro anos mais tarde, em 1964, a bola do Euro foi construída com um material semelhante ao da edição anterior, só que desta vez os gomos de couro eram brancos, cor que não viria a mudar até 2004.
Em Itália, no ano de 1968, surgiu a primeira bola com nome próprio. A “Telstar Elast” foi a primeira da família Telstar, com pentágonos pretos em fundo branco.
Na Bélgica, aquando do Euro 1972, foi utilizada a “Telstar México”, criada especialmente para o Campeonato do Mundo do país asteca dois anos antes. O novo revestimento, em poliuretano, e a tecnologia Durlast, da Adidas, aumentaram a impermeabilidade da bola de couro.
A última bola da geração Telstar foi adotada em 1976, no Campeonato da Europa da Jugoslávia. O reforço da tecnologia Durlast permitiu, ainda mais, reduzir a absorção de água e, assim, do peso da bola em condições chuvosas.
Depois do Mundial da Argentina, em 1978, o Europeu de Itália 1980, utilizou a “Tango River Plate”. Este novo design, da marca bávara, perdurou até ao ano 2000.
A segunda edição do Euro em França, no ano de 1984, adotou a “Adidas Tanto Mundial”. Apesar do nome, o esférico marcou a estreia de um design único para um Europeu de Futebol na bola. Esta era a primeira bola feita de outro material sem ser couro, contendo um revestimento por camadas para amortecer os contactos.
Na República Federal da Alemanha, em 1988, surgiu a “Tango Europa”. Com novas costuras e uma cobertura em poliuretano, a resistência à água sofreu um importante avanço.
A “Etrvsco Unico” foi a bola oficial do Europeu da Suécia 1992. A Adidas introduziu, pela primeira vez, a bola no Mundial de 1990 em Itália. Pela primeira vez também, foi usada borracha sobre as costuras para evitar a entrada de água no núcleo da bola.
Mesmo assim, o material começava a desgastar-se ao fim de algum tempo, pelo que o esférico teve de ser substituído em várias partidas do Euro. Foi a última bola construída em couro, com um design composto por cabeças de leão, inspiradas pela história italiana.
A primeira bola colorida, numa grande competição, surgiu no Euro de Inglaterra 1996. O design teve por base a rosa britânica e os três leões da Federação Inglesa de Futebol. Esta bola marcou ainda a introdução de um novo tipo de espuma no revestimento.
No Europeu da Holanda e Bélgica, no ano 2000, surgiu a “Terrestra Silverstream”. A camada exterior da bola era composta por uma construção em espuma de poliuretano de alta durabilidade. O aspecto do esférico foi inspirado pelo mar e rios da Holanda e Bélgica.
Em 2004 surgiu a maior inovação, nesta área, da história do futebol. A “Roteiro” foi a primeira bola construída sem recurso à mão humana. O grafismo e o nome provêm de Vasco da Gama, um dos maiores exploradores da história de Portugal. Os tons de azul e cinzento representam a nação dos descobrimentos além-mar.
A “Europass” foi a bola oficial do Euro 2008, realizado na Áustria e Suíça. A sua nova textura, com pequenas saliências, permitia uma maior aderência ao calçado e luvas dos jogadores. O design surge como uma reinterpretação da imagem da clássica Telstar.
Na Polónia e Ucrânia, no Campeonato Europeu 2012, regressou o modelo “Tango”, da Adidas. O visual é novo e os materiais que constituem o esférico são completamente distintos da última versão deste modelo, usado em 1988.
Por fim, no Europeu de França 2016, surge a “Beau Jeu”. “Belo jogo”, em português, incorpora o inovador sistema de painéis da “Brazuca” (bola oficial do Mundial 2014 no Brasil). Surge com melhorias ao nível da aderência e, principalmente, da visibilidade em voo.