A Roda da Alimentação Mediterrânica tem um novo aspeto. A apresentação do cartaz, da responsabilidade da Faculdade de Ciências da Nutrição e da Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), decorreu na última semana. O cartaz de alimentos tem como objetivo “transmitir de uma forma simples, ou seja, através de uma representação gráfica, bons hábitos alimentares à população”, explica a professora da FCNAUP, Bela Franchini.

A nutricionista ressalta que “a escolha dos alimentos locais e da época, o uso de ervas aromáticas, a valorização da gastronomia saudável” presentes no novo cartaz,  salienta “as características do padrão alimentar mediterrânico, que estão associadas ao bem-estar e à saúde do individuo”.

O cartaz da roda de alimentação mediterrânica teve origem na década de 70, foi remodelado em 2003 e, mais recentemente, foram-lhe adicionados alguns princípios do padrão mediterrânico. A apresentação do resultado foi feita na última quarta-feira.

“Quisemos, através do padrão alimentar saudável, que é considerado o padrão mediterrânico, destacar alguns itens através da representação gráfica”, explica a professora.

“Apenas salientamos, dentro de cada grupo de alimentos, os que são mais característicos de um padrão alimentar mediterrânico que estão à volta da roda”, descreve a docente ao JPN.

A representação gráfica evidencia os alimentos mediterrânicos mais relacionados com o padrão português em cada um dos seguintes grupos: óleos e gorduras (azeite e azeitonas); hortícolas (cebola, alho, couve galega, grelos, tomate, pimentos, beldroegas); fruta (melão, figo, ameixa, citrinos, nêspera, romã).

O padrão estende-se ainda nos cereais e tubérculos (batata doce, castanha, massa e arroz integrais, flocos de aveia, pão de centeio, broa); carne, pescado e ovos (peixe, em especial sardinha, carapau, cavala, atum); laticínios (queijo e iogurte) e todas as leguminosas.

Existem ainda os frutos gordos e o vinho, que são evidenciados e excluídos no grupo da Roda por não se pretender promover o seu consumo diário. No que respeita ao vinho reforça-se o seu consumo moderado. É de uso proibido a crianças, grávidas e lactantes.

Neste projeto, a FCNAUP associou-se ao Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, à Direção-Geral da Saúde e à Direção-Geral do Consumidor.

 

Artigo editado por Filipa Silva