O programa de Regeneração das Ruas do Porto, apresentado esta terça-feira à tarde na Câmara Municipal, prevê um investimento superior a oito milhões de euros, até ao final do ano, em diversas ruas da cidade. Mais de 40, de acordo com a autarquia. Doze já estão concluídas, num total de 1,3 milhões de euros de investimento.

Na Rua da Constituição e na Avenida AEP, sentido Matosinhos-Porto, as obras arrancam esta terça-feira. Para o meio do mês estão previstas obras na Rotunda do Bessa e Sidónio Pais. No conjunto, estas intervenções representam um investimento de 500 mil euros.

Em curso está a repavimentação da Rua dos Castelos e a substituição da iluminação pública no Jardim do Marquês de Pombal, segundo a autarquia.

“Além da melhoria das condições do pavimento, estamos a aproveitar estes projetos para melhorar as condições de circulação quer do transporte público, quer do transporte individual, quer as acessibilidades pedonais, quer as questões de segurança”, explicou a vereadora da Mobilidade, Cristina Pimentel, na apresentação.

Para setembro, está previsto o arranque dos trabalhos nas ruas Diogo Botelho, Restauração, Cimo Muro e Bartolomeu Velho, um investimento de 1,2 milhões de euros. Mas o maior investimento do bolo está reservado para a reabilitação do espaço público do Bairro do Regado, em Paranhos, com um investimento orçado em 1,8 milhões de euros.

Também ao nível do espaço público vai ser intervencionado o Bairro Leão XIII – mais de 600 mil euros -, a Rua da Restauração (em parceria com STCP) e a Rua Coronel Raúl Peres.

Em fase de projeto estão obras na Viela São Lourenço, Bairro Leão XIII, Arruamento UPTEC (VL4), Avenida Fernão Magalhães, Rua D. João Mascarenhas e Rua de Serralves.

Já com orçamento e com arranque “para breve”, segundo a CMP, estão obras na Avenida Marechal Gomes da Costa, Praça das Flores, Rua do Ouro, cruzamento da rua do Amial, alteração de sentido na Rua do Bom Sucesso, Rua Castelo de Guimarães, Rua Cónego Ferreira Pinto, Rua de Contumil, Rua Dr. Nuno Pinheiro Torres, Rua Sarmento Beires; Rua Vasco Valente, Terminal do Bom Sucesso e ainda o reordenamento viário junto ao Estádio do Dragão.

Constrangimentos

As intervenções não se fazem sem causar constrangimentos. Cristina Pimentel ressalva, contudo, que em vias de maior circulação – como a Constituição, AEP, Diogo Botelho e rua do Ouro – as obras vão ser feitas “sobretudo em período noturno”, aos fins de semana e numa fase de férias escolares, com a consequente diminuição da circulação rodoviária.

Atropelamento em passadeira são “problema imenso”

A melhoria das condições de segurança e a redução da sinistralidade rodoviária são também objetivos destas intervenções. Sobre esta matéria, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, chamou a atenção para um problema da cidade: “O número de atropelamentos em passadeiras na cidade do Porto continua a ser muito elevado”, declarou aos jornalistas.

“Cerca de 23 atropelamento por ano. É imenso”, sublinhou. Há dois fatores que, segundo a vereadora da Mobilidade, ajudam a explicar o fenómeno: o tempo de exposição do peão, devido a passadeiras muito longas, e o estacionamento em segunda fila, que limita a visibilidade dos peões.

“Semaforização, das passadeiras, iluminação leve e reposicionamento de passadeiras” são formas de combater o problema.

Que intervenção na Constituição?

As obras de beneficiação na rua da Constituição, que já arrancaram esta terça-feira, vão incluir substituição do pavimento, alargamento de passeios e criação de passadeiras semaforizadas. Vão ainda ser rebaixados os passeios e aumentada a oferta de estacionamento, havendo ainda lugar a um reordenamento das áreas de carga e descarga. A intervenção vai obrigar a alterações na sinalização e nos corredores BUS, onde passam a circular motociclos. A obra tem duração prevista de 60 dias.