Falta menos de uma semana para começar o Marés Vivas, um dos festivais mais esperados, principalmente no Norte do país. Apesar de todo o cartaz estar revelado, os artistas prometem surpresas.

A 16ª edição do Marés Vivas teve um início atribulado. Inicialmente pensado para uma nova estadia no Parque Urbano de Canidelo, a organização viu-se forçada a regressar a casa, à Praia do Cabedelo, depois da Quercus ter imputado à organização e à Câmara duas providências cautelares.

Com o apoio do PAN e dos movimentos SOS Estuário do Douro e Campo Aberto, a associação ambiental questionou a legalidade do festival na nova localização, obrigando a organização do evento a parar as obras durante algumas semanas. Por isso, o festival regressou a casa. Pelo menos este ano. Se é definitivo, não se sabe, e o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, está totalmente focado na edição deste ano.

“O festival mais barato do circuito internacional”, como foi apelidado, é uma fonte de atração de turistas. Eduardo Vítor Rodrigues garante que será difícil encontrar um quarto disponível nas redondezas nas datas do festival. Para o presidente da câmara, o Marés Vivas é um “marco” e, por isso, um “festival para manter e reforçar”.

O autarca acrescentou que ainda que o Marés Vivas seja um festival familiar, a sua globalização sobrepõe-se, tendo uma “imagem firmada fora do país”. Assim, o presidente da câmara acredita que os 225 mil euros investidos de forma direta (mais 25 mil que na edição anterior) são realmente um investimento, uma vez que o que o município ganha é “muito mais do que o município aloca”.

Quanto à adesão este ano, está a “superar as expectativas”. Para Jorge Lopes, da PEV Entertainment, é mais uma edição de sucesso, em que os bilhetes deverão esgotar nos três dias, com dia 15, sexta-feira, praticamente esgotado. Pelas previsões de Jorge Lopes, irá manter-se a média de 30 mil pessoas por dia, ou seja, cerca de 90 mil visitantes durante todo o festival.

O entusiasmo dos artistas é então uma consequência do empenho que a PEV Entertainment e a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia depositam no Marés Vivas.

Estreante no palco do festival, Dengaz está “com a pica no máximo”. O artista tem expectativas muito altas para o concerto de sexta-feira e acrescentou que é dos concertos da digressão que está a ter melhor “feedback”.

Quem também atua no dia 15 é Jimmy P. O rapper gaiense sente-se “honrado” em casa  e, por isso, as expectativas também são elevadas. Jimmy P pisou o palco Santa Casa o ano passado, mas afirmou-se como músico de referência no circuito português – é “preciso” um palco maior.

A 16ª edição traz também um palco novo, o palco Caixa, dedicado exclusivamente à comédia – o ano passado, esta vertente decorreu num coreto, contando agora com um espaço próprio. César Mourão, na primeira noite, e António Raminhos na segunda, são alguns dos nomes mais conhecidos.