Foi um desfecho dramático para Fernando Pimenta. O canoísta português terminou a prova de K1 1000 metros na quinta posição, mas visivelmente inconformado com o resultado, tamanha era a confiança que depositava na conquista de uma medalha nesta prova.
E na verdade, o atleta tinha razões para acreditar. Tinha sido bronze nos campeonatos do mundo em 2015, ouro no campeonato da Europa este ano e sentia-se na sua melhor forma. Nas meias-finais, só Murray Stewart tinha sido mais rápido que o português que, ao seu estilo, largou e se projetou para a liderança. E parecia confortável o português, que ia à frente a meio da prova. Depois o ritmo foi decaindo e Fernando Pimenta não conseguiu recuperar cortando a linha de chegada na quinta posição. O ouro ficou para o espanhol Marcus Walz, embalado nos últimos metros.
Pimenta fez 03:35.34, bem acima dos 03:33 em que “rodou” nas eliminatórias e na meia-final. Em lágrimas, confessou aos jornalistas no final que deu tudo o que tinha ao longo da preparação desta prova, da qual esperava muito. Queixou-se também de ter sentido o barco apanhar com algas por volta dos 400 metros, mas acrescentou logo a seguir que isso não seria desculpa. É hora de se concentrar no K4 que vai dividir com mais três canoístas lusos, mas confessa que o momento é difícil de digerir.
No Estádio Olímpico, Nélson Évora fez um concurso em subida, mas parou a progressão ao terceiro ensaio, quando saltou 17,03, o seu máximo do ano. Depois, foram três nulos. O último podia ter levado o português para as medalhas (ou mais perto delas, pelo menos), mas a plasticina tinha sido marcada. O saltador de 32 anos despediu-se do estádio com uma ovação.
Neste concurso, Christian Taylor, dos Estados Unidos, renovou o título olímpico, com 17,86 metros. Will Claye teve de se conformar de novo com a prata (17,76) e o bronze ficou para Don Bin, da China.
Ainda no atletismo, Marta Onofre e Maria Leonor Tavares estiveram na qualificação do salto com vara, mas não conseguiram um lugar entre as finalistas, nem chegar ao recorde nacional da especialidade (4,51). Marta Onofre saltou 4,30 metros e acabu na 24ª posição. Maria Leonor Tavares, que perdeu para Onofre o recorde nacional, este ano, por um centímetro, não passou os 4,15 metros. Termina o concurso no 29º lugar.
Prova limpa fez a cavaleira Luciana Diniz no salto de obstáculos, à segunda ronda. A terceira é já amanhã. Da agenda do dia da participação portuguesa, restam Jorge Lima e José Costa da vela, prestes a levantar vela na prova de 49er. As últimas três regatas de qualificação para a “medal race” começam às 17h00.