Eliud Kipchoge já tinha dado que falar este ano quando, em Londres, fez a segunda melhor marca da história da maratona (02h03m05s). Era, por isso, o grande favorito à vitória na maratona masculina, uma das provas rainhas do atletismo olímpico, e deu razão a esse favoritismo ao cortar a meta no primeiro lugar, ainda que com o seu pior registo na distância: 02h08m44s.
O Quénia transformou-se assim no primeiro país a ganhar o ouro nas maratonas masculina e feminina na mesma edição dos jogos, depois de Jemima Sumgong ter sido a mais rápida há uma semana no Rio. Foi a primeira mulher queniana a vencer a prova. O país é de longe o mais medalhado do continente africano, 15º no medalheiro global, com 13 medalhas, seis de ouro, todas no atletismo.
Ainda na maratona, os dois portugueses em prova terminaram os 42,195 quilómetros da prova, mas em grande esforço. Rui Pedro Silva cortou a meta em 123º (02h30m52s) e Ricardo Ribas em 134º (02h38m29s). A participação portuguesa não teve, aliás, um último dia feliz no Rio, com David Rosa e Tiago Fernandes a não completarem a prova de BTT.
Na madrugada de domingo, nota ainda para a conquista do britânico Mo Farah nos 5 mil metros, que assim renovou a “dobradinha” dos 5 e 10 mil de Londres e dos dois últimos campeonatos do mundo. Domínio absoluto do britânico de origem somali nestas distâncias.
Ainda no Estádio Olímpico, a espanhola Ruth Beitia conquistou o título no salto em altura aos 37 anos; Thomas Rohler surpreendeu no lançamento do dardo e ganhou o ouro aos 24 anos – o campeão do mundo, Julius Yego do Quénia, lesionou-se quando liderava o concurso; nos 1.500 metros, também houve lugar a surpresa com Matthew Centrowitz a ser mais forte que o detentor do título, o marroquino Taoufik Makhloufi, numa das mais lentas provas da distância; nos 800 metros, Caster Semenya, da África do Sul, confirmou o esperado e nas estafetas de 4×400 os Estados Unidos também confirmaram o seu poderio com vitórias no feminino e no masculino.
Ainda e sempre o “Team USA”
Já este domingo, os norte-americanos festejaram mais uma vitória esperada, no basquetebol masculino. A equipa de Carmelo Anthony e companhia bateu a Sérvia por uma diferença de 30 pontos (96-66). É o 15º torneio olímpico dos americanos em 18 disputados, o terceiro consecutivo depois de em Atenas 2004 os argentinos terem levado a melhor. E no feminino o domínio não é menor: no sábado as norte-americanas conquistaram o sexto título consecutivo nos Jogos Olímpicos depois de baterem a Espanha por 101-72.
No andebol masculino, o equilíbrio foi outro. A França espreitava o “tri” olímpico, mas foram os dinamarqueses a levar a melhor (28-26). A Alemanha ficou com o bronze. A Rússia ganhou o torneio feminino também diante da França. O bronze aqui foi para as norueguesas.
E depois da grande festa do Brasil no Maracanã – vitória da equipa de futebol na noite de sábado, diante da Alemanha (1-1 no tempo regulamentar, 5-4 nas grandes penalidades) – foi a vez do delírio no Maracanãzinho: a equipa de voleibol masculino do país anfitrião dos Jogos bateu a Itália, por uns claros 3-0 e soma o terceiro ouro consecutivo em torneios olímpicos da modalidade. No feminino, no dia anterior, foi a China a levar a melhor sobre a Sérvia. O bronze foi, em ambos os casos, para os Estados Unidos.
Os Estados Unidos – ou a “Team USA” como lhe chamam os americanos” – são de novo os grandes dominadores dos jogos olímpicos, desta vez de uma forma ainda mais avassaladora que em Londres 2012 – em Pequim, mandou a China. Os norte-americanos saem do Brasil com 121 medalhas, 46 de ouro, quase o dobro das obtidas pelo segundo classificado, o Reio Unido (67 medalhas, 27 de ouro) e do terceiro, a China, (70 medalhas, 26 de ouro).