O FC Porto foi ao Estádio Olímpico de Roma, esta terça-feira, conseguir uma vitória por 3-0 na segunda mão do playoff de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.

Com este resultado, a equipa de Nuno Espírito Santo fecha a eliminatória com uma vantagem de 4-1 e junta-se ao Benfica e ao Sporting no sorteio que na quinta-feira vai distribuir os finalistas pelos grupos.

Entrada forte surpreendeu o adversário

Ao contrário do que aconteceu na semana passada, no Estádio do Dragão, o FC Porto entrou pressionante e a mostrar que tinha ido a Itália para vencer. A entrada no onze de Corona em detrimento de Adrián López conferiu uma maior objetividade e agressividade ao ataque da equipa, que soube anular a construção dos romanos.

Tal como no Dragão, a Roma insistiu em passes longos para Dzeko e Salah a explorar as costas da defesa portista, mas Felipe e Marcano estiveram atentos, assim como Casillas. Spalletti foi a jogo com duas alterações face à primeira mão. Szczesny foi o dono da baliza e De Rossi recuou para central, dando lugar no meio campo a Leandro Paredes.

A superioridade portista no inicio da partida foi comprovada aos 8 minutos com um cabeceamento autoritário do reforço Felipe a responder ao livre de Otávio sobre o lado esquerdo do ataque. A partir daí  o jogo foi ficando mais equilibrado com uma oportunidade de golo para cada lado. Salah e Herrera, respetivamente.

A marcar o final da primeira parte, a expulsão direta de De Rossi depois de uma entrada muito dura sobre a perna de Máxi Pereira, que recuperou num primeiro momento mas viria a ser substituído por Miguel Layún antes do árbitro encerrar a primeira metade do jogo.

Na segunda parte, o FC Porto voltou a entrar bem no jogo mais sentiu algumas dificuldades perante a procura incessante do empate por parte da Roma. A equipa da casa tratou, contudo, de condenar as esperanças que ainda alimentava com nova expulsão direta, aos 50 minutos, desta vez de Emerson com mais uma entrada feia agora sobre Corona.

A beneficiar de uma clara superioridade numérica, o FC Porto demorou até controlar a bola e o jogo. Foi já na casa dos 70 que o conseguiu sobretudo depois de conseguir dois golos em cinco minutos, que puseram uma pedra no encontro e na eliminatória.

Primeiro Layún, em contra-ataque, na direita, finta Szczesny e remata para a baliza deserta e depois Corona, numa jogada individual, sobre a esuqerda, finta o adversário e remata forte sem hipóteses para o guardião polaco.

A redenção de Felipe

Esta foi, sem dúvida, a melhor exibição do central brasileiro desde que chegou a Portugal, respondendo a algumas críticas após o autogolo na primeira mão. Marcou o primeiro golo e mostrou-se autoritário na defesa portista, travando várias investidas romanas.

Na “flash” para a RTP mostrou-se feliz pelo apuramento, mas sem euforias: “Não ganhámos nada, é preciso avançar degrau a degrau”. Relativamente ao autogolo, Felipe desvalorizou dizendo que “são coisas que acontecem”.

Nuno satisfeito com a entrega dos jogadores

Em declarações à RTP, o treinador portista destacou “o trabalho e a dedicação” dos seus jogadores perante “um adversário de grande qualidade”. Para Nuno Espírito Santo, a chave foi “ter uma ideia, acreditar nela e pô-la em prática”.

Já Layún afirmou que o apuramento era um grande objetivo da equipa e deixou uma palavra para o adversário, dizendo que era “uma pena uma equipa emblemática como a Roma não estar na Liga dos Campeões.

No sorteio de quinta-feira o FC Porto fica colocado no pote 2 onde já são certas as presenças do Atlético de Madrid, Borússia Dortmund, Arsenal, Sevilha, Nápoles e Bayer Leverkusen.

FICHA DE JOGO

AS Roma
Onze inicial: Wojciech Szczesny; Bruno Peres, Konstantinos Manolas; ; Daniele De Rossi e Juan Jesus;  Leandro Paredes, Radja Nainggolan e Kevin Strootman; Mohamed Salah, Edin Džeko e Diego Perotti.
Suplentes utilizados: Emerson Palmieri, Juan Iturbe e Gérson
Treinador: Luciano Spalletti

FC Porto
Onze inicial: Iker Casillas; Maxi Pereira, Felipe, Iván Marcano e Alex Telles; Héctor Herrera, Danilo Pereira, André André; Otávio, Jesús Corona e André Silva.
Suplentes utilizados: Miguel Layún, Sérgio Oliveira e Adrián López
Treinador: Nuno Espírito Santo

Artigo revisto por Filipa Silva