Começaram na esplanada de um bar, do Indie Bar, em 2012. Hoje ocupam três hectares de terreno. O pequeno palco, reservado a meia-dúzia de bandas e DJs, foi mudado para o Bosque do Choupal, em 2013. Uma mudança curta na distância, mas profunda na dimensão.

A quarta edição do Indie Music Fest, que arranca na quinta-feira e se prolonga até sábado, tem para oferecer aos festivaleiros quatro palcos, campismo, uma piscina, o Mercado Indie, “showcases”, atividades radicais, performances e concertos secretos.

Ao todo, há 60 projetos envolvidos no festival. Entre estes, 32 bandas e cinco DJs distribuídos pelos três dias. Todos nacionais. A organização quer dar espaço a “bandas saídas da garagem” e outros projetos mais consolidados que tenham novidades na bagagem, sem condenar um objetivo de longo prazo que é o de trazer nomes internacionais ao evento.

“Não temos um estilo sónico definido. Tentamos dar o melhor da música alternativa portuguesa. Não somos um festival de suspeitos do costume, de contratar bandas comerciais, tentamos trazer algumas novidades, tentamos fazer um cartaz que se evidencie ao lado dos outros. Eclético na sonoridade, com um ‘line up’ de bandas que não tenham esgotado o seu último trabalho na estrada e noutros festivais”, explica Tiago Nalha, da organização, ao JPN.

Nessa linha, o IMF acolhe o regresso aos palcos dos We Can’t Win, Charlie Brown, que ali vão levar um novo trabalho, tal como os Octa Push. Atuam ambos na noite de sábado. PAUS, Riding Pânico e os Salto também vão por lá passar.

“Tudo é de destacar. Até porque são bandas que pouco tocam no Norte e poucos festivais têm feito e que estão a lançar novos trabalhos. Não é só o palco principal. Temos bandas como Chibazqui que vão tocar no palco mais pequeno que temos, mas será seguramente incrível” pela combinação da sonoridade da banda com o local do concerto, garante Tiago Nalha.

Na edição passada, passaram pelo recinto 5.600 pessoas. O objetivo este ano é ultrapassar essa marca e, para já, as coisas parecem bem encaminhadas na venda de bilhetes. O recinto onde está montado o festival, com três hectares de área utilizável, permite pensar numa mudança de estatuto de “micro” para “pequeno/médio” festival. Para isso é preciso passar a barreira das 1500 pessoas por dia. A organização quer também assegurar que não se ultrapassa um limite a partir do qual se prejudicaria a experiência dos visitantes.

Tiago Nalha conta também que foram feitas melhorias no recinto. “Fizemos umas melhorias para dar mais conforto no campismo, que praticamente esgotou no ano passado. Aumentamos a área, temos dois acessos ao campismo, mais um que no ano passado e mais chuveiros”, descreve. Campismo que, nas palavras de Tiago Nalha, também se transforma num palco improvisado nestes dias, com “programação anónima e espontânea”.

Os passes gerais do Indie Music Fest custam 30 euros até ao dia 31 de agosto. Os bilhetes diários têm um custo de 15 euros.