O ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes reafirmou, esta sexta-feira, que até ao final do ano devem ser conhecidos os estudos de expansão da rede de metro do Porto e de Lisboa. À margem de uma cerimónia, na estação de metro do Campo 24 de Agosto, no Porto, o ministro advertiu, contudo, os jornalistas que “2017 não será ano para começar obra. Será ano para fazer projeto, lançar concurso de obra e essa obra iniciar-se-á em 2018”.

“Os estudos estão a ser concluídos. Estudos de procura e estudos de engenharia e é a partir deles que discutiremos com a AMP e as autarquias quais são as linhas que vão passar em primeiro lugar”, declarou ainda aos jornalistas.

A empresa Metro do Porto é detida em 60% pelo Estado e em 40% pelas autarquias, pelo que será o Governo, representado na empresa pelo Ministério do Ambiente, a ter a última palavra sobre que projetos devem avançar, como quando e a que custo.

As possibilidades em estudo são a construção da ligação ISMAI-Trofa, na Linha Verde, o prolongamento da Linha Amarela até Vila D’Este, em Vila Nova de Gaia, da Linha Laranja até ao centro de Gondomar, ainda a extensão do metro à zona ocidental da cidade do Porto, com uma ligação de São Bento ao Parque da Cidade, e uma quinta, de ligação da Senhora da Hora ao Hospital de São João, via São Mamede.

Não há verba que abarque todas estas opções, pelo que algumas vão ter de esperar por nova fase.

Andante em mais 36 linhas

assinatura_metroAinda no Campo 24 de Agosto, 14 operadores de transportes rodoviários – três deles novos – assinaram acordos de adesão ao Sistema Intermodal Andante.

Este acordo significa que se juntam às 129 linhas de autocarro que aceitavam o título, mais 36. Marco Martins, coordenador dos transportes e da mobilidade da Área Metropolitana do Porto, levou os números: com a adesão destes novos operadores, o Andante estende-se em 12 mil quilómetros diários de autocarro.

Contudo, o Andante ainda não chega a todos os municípios da área metropolitana. Está agora em 14 de 17 – há a promessa de chegar a todos até ao final do ano – e estar não significa ter uma grande cobertura. Numa notícia de agosto do jornal “Público”, indica-se que este alargamento continua a deixar de fora mais de 80% das linhas de autocarro da região.

O andante, primeiro bilhete intermodal do país, foi introduzido em 2002 e teve no ano passado 136 milhões de utilizadores.