O FC Porto empatou a zero este sábado, diante do Vitória de Setúbal no Estádio do Bonfim, perdendo a hipótese de reduzir o atraso para o líder Benfica, uma semana antes do “clássico”.
Nuno Espirito Santo promoveu o regresso de Otávio ao “onze inicial”, relegando Jesús Corona para o banco de suplentes, em relação ao triunfo ante o Arouca na última jornada.
O primeiro quarto de hora foi disputado a um ritmo lento, com o FC Porto a mostrar algumas dificuldades em avançar no terreno de jogo, procurando criar perigo pela esquerda, através de Alex Telles e Otávio, já que os sadinos fechavam bem a zona central. Do outro lado, o Vitória revelava-se bem organizado, sem permitir que o adversário progredisse.
Perto dos vinte minutos, assistiu-se ao primeiro remate do encontro, com André Silva a rematar forte, mas com a bola a sofrer um desvio em Nuno Pinto.
Cinco minutos volvidos, deu-se a melhor jogada da primeira parte: Diogo Jota conduziu a bola num contra-ataque, fugiu pela direita em direção à baliza contrária onde encontrou Oliver na zona central. Contudo, apenas com Bruno Varela pela frente, o espanhol permitiu a defesa ao guardião sadino.
À passagem da meia-hora, Diogo Jota surgiu no coração da área, mas a cabecear ao lado, após um excelente cruzamento de Alex Telles. Na jogada seguinte, Herrera atirou forte, com o esférico a passar ao lado.
O FC Porto crescia no encontro, mas sem conseguir concretizar as oportunidades que dispunha. Nos instantes finais da primeira parte, a pressão “azul e branca” acentuou-se com as iniciativas de Otávio, Jota e Layún, mas o resultado mantinha-se.
No regresso dos balneários, os “dragões” entraram com a dinâmica com que findaram os primeiros 45 minutos, criando várias oportunidades para inaugurar o marcador. Bruno Varela, por instinto, fez uma enorme defesa a um cabeceamento de Jota com selo de golo, na sequência de um desequilíbrio criado por Otávio.
Com o resultado a registar um nulo à hora de jogo, o técnico portista lançou Jesús Corona para o lugar de Herrera. O Vitória ia arriscando, colocando a defesa da formação orientada por Nuno Espirito Santo em sentido por várias ocasiões.
O FC Porto continuava por cima do encontro, e a equipa de José Couceiro explorava o avanço no terreno dos “azuis e brancos” para criar perigo em jogadas de contra-ataque.
Pouco depois de Brahimi e Rúben Neves entrarem em campo, chegou a gritar-se golo no Estádio do Bonfim a favor da equipa da casa, mas Fábio Cardoso estava em posição irregular no momento do livre cobrado por Nuno Pinto.
Aos 85 minutos, nova jogada polémica: Otávio cai na área sadina, mas o árbitro João Pinheiro considerou que o brasileiro tentou cavar a falta, mostrando amarelo ao jovem jogador portista.
Os “dragões” tentaram quebrar o nulo, mas o resultado manteve-se. Num jogo em que a formação portista esteve melhor, mas sem conseguir materializar esse ascendente em golos, a uma semana da receção ao Benfica, o FC Porto somou o segundo empate na Liga, depois da igualdade em Tondela.
“Faltou-nos eficácia”
No final do encontro, Nuno Espirito Santo mostrou-se insatisfeito com o resultado, destacando que a sua equipa criou inúmeras oportunidades para levar os três pontos.
“Foi um jogo em que não conseguimos ser a equipa que devíamos. Faltou-nos eficácia, tivemos demasiadas oportunidades falhadas, num encontro em que só uma equipa quis vencer”.
A uma semana do embate diante do Benfica, o técnico apontou a concentração para quarta-feira, numa partida importante ante o Club Brugge para a Liga dos Campeões.
“Estamos mais longe do que queríamos estar. Vamos pensar na Champions e depois nisso”.
“É fundamental os jogadores mostrarem este empenho”
Do outro lado, José Couceiro garantiu que o empate não foi obtido por mero acaso, mas a realçar que a sorte faz parte do futebol.
“Tivemos a sorte do jogo, o que também é normal nestes jogos, mas também tivemos lances em que podíamos ter feito golos”.
Desde 1997 que os “azuis e brancos” não empatavam diante do Vitória de Setúbal. Esta temporada, a formação de José Couceiro também já tirou pontos ao Benfica. Para conseguirmos pontuar diante destas equipas, é fundamental estarmos empenhados em todos os momentos do encontro”, considerou.
Ficha de jogo
Competição: Liga NOS (9ª Jornada)
Estádio: Estádio do Bonfim
Cartões amarelos: Vasco Fernandes (43’), Danilo (55’), Rúben Neves (79’), Otávio (85’), Nuno Pinto (87’), Bruno Varela (88’)
Equipa de arbitragem
Árbitro: João Pinheiro
FC Porto
Onze inicial: Casillas; Layún, Felipe, Marcano, Alex Telles; Danilo; Herrera, Oliver, Otávio; Diogo Jota, André Silva;
Suplentes utilizados: Corona, Brahimi e Rúben Neves;
Treinador: Nuno Espírito Santo
Vitória de Setúbal
Onze inicial: Bruno Varela; André Geraldes, Vasco Fernandes, Fábio Cardoso, Nuno Pinto; Costinha, Fábio Pacheco, Nenê Bonilha; João Amaral, Thiago Santana, André Claro;
Suplentes utilizados: Arnold Issoko e Vasco Costa;
Treinador: José Couceiro