Formaram a equipa “Tech to Impress” para participar no hackathon público que a Farfetch e a Câmara do Porto organizaram no último fim de semana e conseguiram impressionar a organização.

Pedro Borges, Tiago Mota, Tiago Rodrigues, Sandro Pereira e Carolina Correia – todos antigos estudantes da Universidade do Porto, com exceção de Carolina, que estudou na Universidade de Aveiro – inscreveram-se no evento pelo “desafio” e saíram como uma das seis equipas premiadas.

Ao todo, houve 36 formações em competição, 12 internas e 24 formadas por elementos externos à empresa. Foram 180 participantes no total. Entre os premiados, três corresponderam a “developers” da Farfetch e outras três a equipas de fora da empresa, como a “Tech to Impress”.

A Farfetch, uma plataforma online de compra de artigos de luxo, desafiou os participantes a apresentarem soluções para o mercado, aplicáveis à indústria da moda. Os participantes responderam ao desafio ao longo de 25 horas – a mudança da hora acrescentou mais uma às 24 inicialmente pensadas.

“O nosso produto final foi um carrinho de compras que nos acompanha através de diversos blogues e sites, identificando automaticamente quais as peças disponíveis nesse site que estão à venda na Farfetch, dando a possibilidade da pessoa encher o carrinho a partir de diversas fontes, sem nunca ter ido ao site da Farfetch”, explicou Pedro Borges ao JPN.

Este “assistente de compras” foi batizado pela equipa de DotFetch e procura resolver um problema de quem compra online: a dificuldade de escolher o que comprar perante um catálogo gigante, sendo ainda mais difícil a combinação de peças.

A ferramenta apresenta ainda a vantagem de poder mostrar à marca que bloguers influenciam mais os seus clientes e que vetores devem ser aposta.

O protótipo construído, diz a equipa, “é 100% funcional e pode já ser utilizado”. De acordo com Pedro Borges, a empresa gostou da ideia, mesmo antes de ter sido premiada pelo júri.

Houve prémios em jogo. Só o primeiro era monetário. Valia 12.500 euros. Aí não chegou a equipa de antigos estudantes, mas a participação num evento desta natureza acarreta outras vantagens.

“Ter tempo para explorar [novas tecnologias], ter acesso a ideias que se calhar são um bocado diferentes do nosso paradigma diário do trabalho, ter uma visão nova para não estarmos sempre focados na mesma coisa, para diversificar. E, como é óbvio, a exposição a empresas e a potenciais futuros empregadores”, enumera Pedro Borges.

Para a empresa, as vantagens são óbvias, desde logo porque assumem a propriedade intelectual das ideias a concurso. Cipriano Sousa, Chief Technology Officer (CTO) da Farfetch, considerou que o evento foi “extremamente positivo”, tendo superado as expectativas da empresa no número de participações.

As propostas apresentadas envolveram sobretudo protótipos de realidade virtual, inteligência artificial, personalização de artigos e a experiência 360º do utilizador.

De acordo com informação recolhida pelo JPN, o evento vai ser repetido, não estando contudo fechados pormenores. A iniciativa foi organizada pela Farfetch, em parceria com Câmara Municipal do Porto, a Invest Porto, a Porto Lazer e a colaboração da Microsoft e da Mini.