A Rádio Renascença (RR) saiu, esta quinta-feira, dos Prémios de Ciberjornalismo, com quatro galardões em cinco possíveis.

Além do Prémio “Excelência Geral em Ciberjornalismo”, a emissora católica conquistou ainda o júri nas categorias de “Reportagem Multimédia” – com o trabalho “Encalhados no Quintal da Europa” de Catarina Santos; de “Videojornalismo Online” – com “A mesquita prometida” de João Carlos Malta e Joana Bourgard; e, por último, em “Última Hora”, com a cobertura do “Ataque de Paris”.

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Cristiana Faria Moreira | Foto: Patrícia Garcia

Para o “Jornal de Notícias” ficou o prémio de melhor “Infografia Digital” pelo trabalho “Tunel do Marão”. O júri atribuiu ainda o prémio de “Ciberjornalismo Académico” a “Filhas sem Pecado”, publicado pelo JPN em junho. O galardão foi dedicado por Cristiana Faria Moreira, uma das autoras do trabalho, presente na cerimónia, à Musqueba – Associação de Promoção e Valorização da Mulher Guineense, cuja missão passa pela educação das mulheres tendo em vista a erradicação de práticas como a Mutilação Genital Feminina.

Prémios do público

As escolhas do público foram diferentes das do júri. Todos os trabalhos nomeados são passíveis de voto online e nessa classificação os vencedores foram: o jornal “Público” foi eleito na categoria de “Excelência Geral em Ciberjornalismo”; o trabalho “Temos de acabar com essa história de guetto”, feito na favela da Maré, no Brasil, e publicado pelo jornal “Expresso”, venceu em “Reportagem Multimédia”;

A preferência dos cibernautas em “Última Hora” foi para o trabalho da RTP “Paris em Choque”, sobre os atentados de Paris. “O caminho é a vida”, que junta histórias dos que percorrem os caminhos de Santiago, do “Jornal de Notícias”, venceu em “Videojornalismo Online”; na Infografia Digital houve consenso: a escolha do público também recaiu sobre “Tunel do Marão” do JN.

Em Ciberjornalismo Académico, o público votu num trabalho da Universidade Lusófona “Olhares sobre a pobreza”.

“O segredo chama-se Pedro Leal”

No final da cerimónia, que decorreu ao final da tarde desta quinta-feira na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), integrada no 5º Congresso Internacional de Ciberjornalismo, Maria João Cunha, Editora de Vídeo Multimédia da Rádio Renascença, mostrava-se feliz “pelo reconhecimento”.

Maria João Cunha |

Maria João Cunha | Foto: Patrícia Garcia

Com quatro prémios somados, a jornalista quis destacar o papel desempenhado pelo atual Diretor Geral da RR na montagem e desenvolvimento da equipa que hoje assume a produção multimédia da estação. “A coisa mais importante de todas tem um nome e chama-se Pedro Leal. Ele, para mim, é o grande visionário da multimédia em Portugal. O Youtube tinha acabado de ser lançado e um ano depois a Renascença já estava a fazer vídeo. Uma rádio a fazer vídeo foi uma coisa que, mesmo ao nível mundial, foi completamente louca, quase absurda. Ele pensou assim e pensou muito à frente”, declarou ao JPN à margem da sessão.

Os Prémios de Ciberjornalismo contam nove edições, são uma iniciativa do Observatório de Ciberjornalismo (Obciber) e visam distinguir o trabalho feito na área do ciberjornalismo em Portugal.

Do júri, presidido por Hélder Bastos (Universidade do Porto), fizeram também parte Fernando Zamith (Universidade do Porto), António Granado (Universidade Nova de Lisboa), Luís António Santos (Universidade do Minho), João Canavilhas (Universidade da Beira Interior), Inês Amaral (Universidade Autónoma), Pedro Jerónimo (Instituto Superior Miguel Torga), Luís Bonixe (Instituto Politécnico de Portalegre), Bella Palomo (Universidade de Málaga, Espanha) e Milan Berzoza (Universidade Francisco de Vitória, Espanha).