O FC Porto foi, este domingo, a Santa Maria da Feira, conquistar três pontos e assinar a segunda goleada da semana (desta vez por 0-4) em jogo a contar para a 13ª jornada da Liga Portuguesa.
Com a pequena vantagem de jogar horas antes do dérbi lisboeta, os azuis e brancos quiseram resolver a partida cedo e com sucesso.
O primeiro golo chegou aos 4 minutos, por intermédio de André Silva. O avançado internacional português converteu a grande penalidade cometida por Ícaro, que em consequência do lance viu a sua contribuição na partida terminada com um cartão vermelho direto. Com menos um jogador em campo, José Mota tinha a equipa em maus lençóis.
E, de facto, o dia era de domínio portista. Brahimi fez o segundo golo aos 33 minutos, dando a melhor sequência a um lançamento lateral de Máxi Pereira. Por esta altura, o Feirense quis procurar espaços nas costas da defesa portista através de passes em profundidade. Mas sem sucesso.
Domínio portista sem contestação
A segunda parte começou sem substituições nas duas equipas. O FC Porto continuou tranquilamente a cumprir a estratégia delineada por Nuno Espírito Santo, que pedia para a equipa não “adormecer” o jogo, para continuar a pressão alta aos defesas do Feirense e, se possível, marcar mais golos.
E foi isso que aconteceu. Entrada muito forte dos portistas, confirmada pelo golo de Marcano aos 50 minutos. O defesa espanhol concretizou da melhor forma o cruzamento proveniente da esquerda de Brahimi, sem oposição, que “tabelou” antes na cabeça de Felipe, ao primeiro poste.
A partir deste momento, os três pontos estavam entregues e Nuno aproveitou para proceder às primeiras alterações na equipa. Saíram dois jogadores fundamentais para a vitória no Marcolino de Castro, e também para a recente boa forma da equipa. Óliver Torres saiu debaixo de uma salva de palmas do público pela sua grande exibição. Corona, em claro crescimento exibicional nos últimos jogos, deu lugar a Héctor Herrera. O mexicano tem sido dos mais criticados do plantel, à entrada do mercado de transferências de inverno.
Já José Mota optou por conter estragos e colocar elementos mais defensivos, com as entradas de Luís Rocha e Cris. Fez ainda entrar Platini, o avançado português que foi uma das sensações da Segunda Liga na época transata, e de quem se espera melhores exibições no que falta de campeonato.
Até ao fim do jogo, André Silva fechou o marcador aos 66 minutos. Acabou por sair e dar lugar à sensação “made in” Olival, Rui Pedro. Está bem claro que o jovem de 18 anos está de “pedra e cal” no principal plantel portista e a ameaça a jogadores como Depoitre e Adrián López é cada vez mais real.
“É importante proteger a nossa baliza”
Em declarações à SportTV, no final do encontro, Nuno Espírito Santo mostrou-se agradado com o resultado e a exibição portista.
Realçou o papel dos seus jogadores: “Nós tornamos o jogo mais fácil” – e lançou o repto à nave azul e branca ao dizer que “é importante proteger a baliza”.
Respondeu também à pergunta sobre o resultado no dérbi que melhor serviria os interesses dos portistas: “Era importante cumprirmos a nossa obrigação. O resultado será positivo, porque fizemos o nosso trabalho”.
Com o dérbi terminado com uma vitória do Benfica, o FC Porto fica instalado no segundo lugar, ultrapassando o Sporting. Está agora um ponto à frente dos “leões” e quatro atrás dos encarnados.
Ficha de Jogo
Competição: Liga NOS (13ª Jornada)
Estádio: Estádio Marcolino de Castro
Golos: André Silva (4’ e 66’), Brahimi (33’), Marcano (50’);
Cartões amarelos: Alex Kakuba (26’), Ricardo Dias (33’)
Cartões Vermelhos: Ícaro (3’)
Equipa de arbitragem
Árbitro: Luís Ferreira
Árbitros assistentes: Luís Cabral
Quarto árbitro: Rui Oliveira
FC Porto
Onze inicial: Iker Casillas; Maxi Pereira, Felipe, Iván Marcano, Alex Telles; Danilo Pereira; Jesús Corona, Oliver Torres, Yacine Brahimi; André Silva, Diogo Jota;
Suplentes utilizados: Herrera (57’), André André (65’), Rui Pedro (70’)
Treinador: Nuno Espírito Santo
CD Feirense
Onze inicial: Vaná; Alex Kakuba, Flávio, Icaro, Barge, Tiago Silva, Ricardo Dias, Luís Aurélio, Etebo, Karamanos, Alcenat;
Suplentes utlizados: Platini (52’), Cris (60’), Luís Rocha (70’)
Treinador: José Mota
Artigo editado por Filipa Silva