Depois de três partidas sem vencer, o FC Porto regressou, este domingo, às vitórias frente à equipa do Moreirense na última jornada da primeira volta do campeonato nacional. Com Herrera novamente no lugar de Brahimi, os “dragões” marcaram três golos sem resposta. Naquela que foi uma das melhores exibições da época, senão a melhor, realça-se também a boa exibição do árbitro da partida, Fábio Veríssimo.

Com esta vitória, o FC Porto aproveitou os empates de Benfica e Sporting: encurtou a distância dos encarnados para quatro pontos e aumentou a vantagem sobre a equipa leonina também em quatro pontos.

Entrada de rompante

A qualidade futebolística foi notória na primeira parte. Um jogo fluído, com oportunidades de golo e duas equipas combativas a proporcionar um bom espetáculo num final de tarde frio na cidade do Porto. Logo no segundo minuto de jogo, uma boa triangulação no ataque portista terminou com Corona a cabecear à malha lateral da baliza do Moreirense. Os minhotos responderam logo de seguida com um contra-ataque, que culminou num remate de Geraldes para uma boa defesa de Casillas.

A partir daí, o FC Porto impôs-se na partida e rapidamente conseguiu controlar as investidas iniciais do Moreirense. Ao quarto de hora de jogo, foi Marcano a chegar atrasado ao cruzamento de Corona. Quatro minutos depois, Makaridze teve de intervir duas vezes seguidas: primeiro num remate de Jota e depois num canto direto de Alex Telles.

Depois das ameaças surgiu o golo do FC Porto, com Óliver a rematar de primeira à entrada da área. Doze minutos mais tarde, aos 42, aparece o segundo. Um contra-ataque perfeito, com Jota a levar a bola quase de uma área à outra. Corona rematou para uma grande defesa de Makaridze e, na recarga, André Silva cabeceou para o fundo das redes.

Antes do intervalo, Geraldes viu o segundo amarelo e consequente vermelho ao travar um contra-ataque. Os “dragões” chegam ao intervalo com dois golos de vantagem e um jogador a mais (que o Moreirense) para toda a segunda parte.

O regresso do herói do 92’

Com vantagem numérica e no marcador, o FC Porto procurou gerir o jogo no segundo tempo, baixando um pouco o ritmo, mas não deixando de procurar a baliza adversária. Não houve muitas situações claras de golo. Diversas investidas dos portistas foram mal finalizadas ou cortadas pela defesa de Moreira de Cónegos. Destaque para dois remates de André Silva com Makaridze a evitar, por duas vezes, o golo do jovem avançado português.

O momento do jogo vai para o regresso de Kelvin ao Estádio do Dragão. O extremo brasileiro esteve emprestado ao São Paulo e voltou a jogar com a camisola dos “dragões”, tendo recebido uma ovação aquando da entrada nas quatro linhas. O jogador, parado há muito tempo, mostrou vontade de ajudar a equipa e não receou o adversário.

“A diferença foi o acerto”

No final da partida, Nuno Espírito Santo realçou que a equipa não fez “nada de diferente dos últimos jogos”. A única exceção aconteceu no “acerto” das oportunidades que foram criadas. O técnico portista lembrou que é no topo que a equipa pretende estar e que “é importante que o líder sinta” a pressão do FC Porto.

Para Nuno, “as vitórias dão confiança” e Kelvin “é mais um jogador que pode ser útil à equipa”.

“O Porto foi melhor que nós”

Augusto Inácio assumiu que “o Porto mereceu ganhar o jogo”, já que foi melhor equipa e o Moreirense teve “dificuldades no meio campo”. Questionado sobre a final four da Taça da Liga, o técnico reconhece que a equipa nunca pensou estar nesta fase, visto que “o formato está feito para os grandes”.

Quanto ao mercado, Inácio referiu que “se houver oportunidade especial, um extra, é para fortalecer o plantel”. Isto porque “não há guito”, brincou.

Ficha de Jogo
Competição: Liga NOS (17ª jornada)
Estádio: Estádio do Dragão, Porto
Golos: Óliver (30′), André Silva (42′) e Marcano (62′)

Cartões Amarelos: Geraldes (28′ e 44′); Dramé (37′); Felipe (40′)
Cartões Vermelhos: Geraldes (44′)

Equipa de Arbitragem
Árbitro: Fábio Veríssimo
Assistentes: Paulo Soares e Pedro Felisberto
Quarto Árbitro: Hélder Lamas

FC Porto
Onze inicial: Casillas; Maxi; Felipe; Marcano; Alex Telles; Danilo; Herrera (Capitão); Óliver; Corona; Diogo Jota; André Silva
Suplentes utilizados: A. André (68’); Kelvin (68’); Rui Pedro (77’)
Treinador: Nuno Espírito Santo

Moreirense FC
Onze inicial: Makaridze; Sagna; André Micael (Capitão); Diego Galo; Rebocho; Cauê; Geraldes; Alan Schons; Podence;Dramé; Boateng
Suplentes utilizados: Nildo (INT); Jander (67’); Ramirez (77’)
Treinador: Augusto Inácio

Texto editado por Rita Neves Costa