A notícia foi dada pelo filho Ola, através do Twitter de Rosling: “Infelizmente, o Hans morreu hoje. Mas não vamos deixar morrer o seu sonho de uma visão do mundo baseada em factos.”
Hans’ son @OlaRosling writing: Hans sadly died today! But his dream of a fact-based worldview, we will never let die! Follow @Gapminder
— Hans Rosling (@HansRosling) February 7, 2017
O académico foi fundador da Gapminder, uma organização sem fins lucrativos com a missão de “revelar a beleza das séries estatísticas, convertendo números enfadonhos em gráficos animados, interactivos e aprazíveis” e foi considerado, no ano de 2012, uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista “Time”, tendo aconselhado políticos, como Al Gore.
No entanto, foi através das suas TED Talks, onde transformava dados estatísticos em apresentações criativas e didáticas, que o sueco ganhou maior reconhecimento. No site das palestras, escreve-se no perfil do orador: “Nas mãos de Hans Rosling, os dados cantam”.
Ana Pinto Martinho, docente de jornalismo de dados e membro do Observatório Europeu do Jornalismo, sublinha a importância do académico: “Ele acabou por trazer os assuntos para o mainstream. Muitos chamavam-lhe «o estatístico pop», e alguns até de forma depreciativa, mas não devia ser. Ele conseguiu trazer para o cidadão comum diversos conceitos e mostrar a estatística de uma outra forma, descodificá-la. Isto, muito com a ajuda da visualização e porque ele era um comunicador fantástico.”
Rosling esteve em Portugal há dois anos, no quinto aniversário da PORDATA, a convite da Fundação Francisco Manuel dos Santos.