A partir de quinta-feira, dia 9, e até dia 26 sobe ao palco do Teatro Nacional São João a peça "A Noite da Iguana", de Tennessee Williams, com os atores Nuno Lopes e Maria João Luís.

Estreou na quinta-feira, dia 9, em sala completamente esgotada, a peça “A Noite da Iguana”, de Tennessee Williams, com os atores Nuno Lopes e Maria João Luís nos principais papéis e encenada por Jorge Silva Melo.  O encenador e os Artistas Unidos levam ao palco do Teatro Nacional de São João, durante duas semanas, esta que é a última de quatro peças do ciclo do dramaturgo norte-americano (três delas coproduzidas pelo TNSJ).

Caracterizada pelo próprio autor como “um poema dramático, mais que uma peça”, “A Noite da Iguana” é inspirada por uma viagem de Tennessee Williams ao México, no verão de 1940, após o fim de um caso amoroso. O ator Nuno Lopes é o reverendo Shannon, afastado da Igreja, alcoólico, guia turístico de grupos de senhoras por países tropicais, acusado de se envolver com raparigas menores e numa constante batalha contra si próprio. Há também Hannah, interpretada por Joana Bárcia, uma pintora de aguarelas e artista de caricaturas rápidas, que viaja com o avô. E ainda a recém viúva Maxine, no corpo de Maria João Luís, devidamente decotada e dona de uma “pensão barata, fora de época”.

Foto por Jorge Gonçalves

É uma peça, como relatou Tennessee Williams, sobre “como viver para lá do desespero e ainda assim viver”. Estreada na Broadway em 1961, foi o seu último sucesso de crítica e bilheteira. “Voltar a autores que nos fizeram felizes, até porque um autor não se esgota num texto”, explica o encenador à revista Visão, sublinhando que este texto do dramaturgo norte-americano tem uma estrutura um pouco diferente das outras peças do autor.

Com tradução de Dulce Fernandes, “A Noite da Iguana” tem ainda interpretação de Isabel Muñoz Cardoso (Judith Fellowes), Pedro Carraca (Hank Prosner), Tiago Matias (Jake Latta), João Meireles (Herr Fahrenkopf), Vânia Rodrigues (Frau Fahrenkopf), Pedro Gabriel Marques (Pancho), Catarina Wallenstein (Charlotte Goodall), Américo Silva (Nonno), João Delgado (Pedro), Bruno Xavier (Wolfgang) e Ana Amaral (Hilda).

A cenografia e o figurino são de Rita Lopes Alves, a luz de Pedro Domingos, o som de André Pires e a coordenação técnica de João Chicó. Tem produção de João Meireles e Nuno Gonçalo Rodrigues e Bernardo Alves, como assistentes de encenação.

O espetáculo pode ser visto de quarta-feira a domingo. Os bilhetes variam entre os 7,50 e os 16 euros. A sessão de dia 19 de fevereiro contempla tradução em Língua Gestual Portuguesa.

Artigo editado por Filipa Silva