Dados do Relatório Preliminar da UMAR.

Dados do Relatório Preliminar da UMAR. Infografia: Rita Cerqueira

Catarina Marcelino, secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, esteve presente na apresentação do relatório preliminar do estudo que alerta para a necessidade de uma maior intervenção no território nacional. O estudo, realizado em todo o país pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), abrangeu cerca de 5500 jovens com uma média de 15 anos.

Pela primeira vez, os dados apresentados incluem as regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Nesta análise, 62% dos jovens já namoraram, 26% nunca namorou e 12% não respondeu ao inquérito.

A UMAR analisou várias formas de violência no namoro e, em todas as práticas, os rapazes são os que legitimam mais os diferentes tipos de agressão. É considerado “legitimação”, o facto de um indivíduo achar normal as várias formas envolvidas de violência numa relação. O relatório revela que um em cada quatro jovens vê a violência no namoro como um ato perfeitamente aceitável.

A violência praticada nas redes sociais foi introduzida pela primeira vez nesta análise — os rapazes são os que mais encaram a violência nas redes sociais como um ato normal.

No entanto, segundo a UMAR, as vítimas mais frequentes são também do sexo masculino. Através dos dados apresentados, a organização verificou que existe uma grande percentagem de respostas: “experiência em todas as situações e comportamentos de violência”.

Catarina Marcelino

Catarina Marcelino esteve presente na sessão da FPCEUP Foto: Claudia Silva

Face aos resultados, Catarina Marcelino afirma que em Portugal há uma “cultura de violência” e que o caminho passa pela “prevenção, prevenção, prevenção”. A UMAR promete continuar a lutar para mudar esta cultura “nome do respeito pela dignidade humana na integridade”.

 

Texto editado por Rita Neves Costa