Princesas e rainhas continuam em força para as meninas, mas as super-heroínas também começam a ganhar terreno: afinal, elas também gostam de super poderes. Quanto aos meninos, na hora da decisão, os super-heróis dominam sem margem para dúvidas. Principalmente no que diz respeito às crianças.
Cerca de 3 mil crianças de Leça da Palmeira e Matosinhos desfilaram na última sexta-feira, dia 24, nas principais ruas da cidade. Homens-Aranha, batmans, cinderelas, brancas de neve, frozens, piratas, sevilhanas, e tantos outros, coloriram as artérias do concelho. No entanto, um novo disfarce surge em força este ano: Ladybug, em português “Joaninha”, é a nova super-heroína das pequenas. E as educadoras de infância confirmam, só hesitam no nome: “Aquela Joaninha, não sei bem dizer o nome…”, contam ao JPN.
São as educadoras que acompanham os miúdos, que nunca os perdem de vista e que sabem o que é que eles querem. Todas dizem o mesmo: “Princesas e rainhas para elas, os super-heróis para eles, sempre dentro do mesmo”. Veem-se também os piratas, os jogadores de futebol e os anjos.
Num coreto perto da câmara, as crianças reuniram-se e a BonéKisses, empresa de eventos, fez a animação. As animadoras são um pouco mais assertivas na hora de revelar os fatos usados pelas crianças: “A Ladybug, as elsas, vaianas, brancas de neve, os super-heróis todos”.
Nas lojas de máscaras e fatos de Carnaval do Porto, as gerentes têm a mesma opinião. Luísa Vilas Boas, da loja Bazar Paris – localizada na Rua Sá da Bandeira – diz ao JPN que “os fatos mais procurados para os rapazes são os de super-heróis, qualquer um deles, o Batman mais até. Depois o Capitão América, o Thor, e engraçado que está a voltar outra vez o Zorro. Para além disso, polícias, polícia de intervenção e ninjas”. E para as raparigas? “Continuam a ser as princesas, com a Frozen em primeiro lugar. Também muitas minis, piratas e espanholas”. Da loja Mascarilha – na Rua de Santa Catarina -, Isabel Boudinet confirma que os heróis, as princesas e “tudo o que é Disney” é o que sai mais.
Os adultos não são tão decididos
A verdade é que na sexta-feira o Carnaval era dos pequenos. Os adultos guardam-se para a noite da véspera e para o dia de Carnaval: para eles, a festa é outra.
E quando se fala dos disfarces dos graúdos, não existe uma grande tendência: “Não há um tema específico. Muitos jovens gostam de escolher um tema e de irem todos à volta disso, ou todos de igual. Já os casais mais conservadores, com alguma idade, gostam de fazer par: o que leva um, o outro leva a condizer”, explica Luísa Vilas Boas. “Para as senhoras tudo o que é sexy, quanto mais sexy melhor. Os homens não são tão esquisitos, portanto sai sempre um bocadinho de tudo”, comenta Isabel Boudinet com boa disposição.
Na loja Bazar Paris já se venderam mais “fatos completos com tudo o que era acessórios”. Agora parece que os efeitos da crise ainda permanecem: “As pessoas estão um bocadinho mais retraídas, geralmente ou levam um fato e esquecem o resto dos acessórios, ou então levam acessórios e a roupa improvisam com alguma coisa que têm em casa”. Existem algumas exceções, pessoas que gostam de ir a rigor e levam tudo, mas “já são pessoas que têm um bocadinho mais de capacidade financeira”, explica.
No caso da Mascarilha, “normalmente as pessoas compram o fato e levam sempre algum acessório, nem que sejam as meias, principalmente as senhoras”.
Quanto à procura de vestimenta para as noites do ano em que ninguém leva nada a mal, as duas têm uma certeza: está a aumentar de ano para ano. Isabel Boudinet é clara: “Isto está sempre a crescer. Há muito mais gente a aderir ao Carnaval, cada vez mais”. Luísa Vilas Boas confirma: “Depois da quebra de há três anos, agora estamos outra vez numa linha crescente”.