A história de Max, um homem que quer congelar o seu corpo após ter-lhe sida diagnosticada uma doença, fez com que “Realive” fosse considerado o filme mais fantástico do Fantasporto 2017.  Mateo Gil, o realizador do filme, não pôde estar presente na sessão de encerramento.

Outros Prémios
Prémio Especial Fantasporto 2017: Catarina Machado (Artista Plástica)
Prémio Especial do Público: Saving Sally – Avid Liongoren
Prémio da Crítica: “Caught” – Jamie Patterson e “Division 19” – Susie Halewood
Especial Menção Honrosa do Júri: “Punch the Clock/A Repartição do Tempo“ – Santiago Dellape (Brasil) e “Garden Party” – Théophile Dufresne, Florian Babikian, Gabriel Grapperon, Lucas Navarro, Vincent Bayoux, Victor Claire (França)

Mas este não foi o único prémio que Mateo Gil arrecadou na 37ª edição do Festival Internacional de Cinema do Porto. Mateo Gil, que também é argumentista, juntou ao galardão de melhor filme, o Prémio Melhor Argumento com o filme em “Realive”. Um dos trabalhos mais conhecidos de Mateo Gil é o argumento do filme “Vanilla Sky”, de 2001, com o qual ganhou três prémios Goya.

Entre os premiados da Secção Oficial de Cinema Fantástico, estão ainda Catherine Walker (do filme “A Dark Song” ) e Frederick Koehler ( protagonista em “The Evil Within”), considerados os melhores atriz e ator, respetivamente.

Catherine Walker não esteve presente para receber o prémio e, por isso, quem o fez foi Liam Gavin, o realizador do filme “A Dark Song” e também vencedor do Prémio Melhor Realização.

Liam agradeceu ao júri pelo reconhecimento e finalizou o discurso com “thank you everybody”  – obrigado a todos. Frederick Koehler esteve no festival durante a semana, mas não conseguiu estar presente na entrega de prémios, por isso enviou também uma mensagem aos presentes.

Prémios do Cinema Português
Menção Honrosa para a Criatividade para um Filme de Escola: Schlboski – Tomás Andrade e Sousa – ETIC
Melhor Escola: Politécnico do Porto
Melhor Filme Português: Um Refúgio Azul – João Lourenço

Prémio Oriente Express
Melhor filme: The Net – Kim Ki -Duk
Prémio Especial: Dearest Sister – Mattie Do (Laos)
Menção honrosa: Saving Sally – Avid Liongoren

“The Darkest Dawn”, de Drew Casson, levou para casa o Prémio Melhores Efeitos Especiais. O realizador diz que este acontecimento foi “mesmo uma grande coisa” para si e diz-se grato pela apreciação. A Melhor Curta-Metragem Fantasporto foi para Cenizo, de Jon Mikel Caballero, que mesmo não estando presente não quis deixar de agradecer.

O Prémio Especial do Júri foi atribuído a “Saving Sally”, de Avid Liongoren. O filipino diz que o filme é “uma simples história de amor numa forma muito imaginária e criativa”.

Para além dos mais de 20 prémios e menções honrosas dedicadas aos filmes concorrentes e a todos os seus contribuintes, o Fantasporto decidiu, este ano, premiar a TV Globo por ser a primeira vez que uma televisão investiu neste festival. “A gigante companhia brasileira de multimédia trouxe-nos três séries de cariz fantástico e duas estrelas, a argumentista Glória Pérez e atriz Mariana Ximenes”.

Prémio Manoel de Oliveira /Manoel de Oliveira
Prémio Melhor Filme Semana dos Realizadores (SR): Pamilya Ordinario de Eduardo W. Roy, Jr
Prémio Especial do Júri SR: Sins of the Flesh – Khaled el Agar
Melhor Realizador SR: Kim Jee-Woon – The Age of Shadows
Melhor Argumento SR: Ivan Szabó , Roland Vranik – “The Citizen”
Melhor Ator SR: Park Ji-Il – The Net (South Korea)
Melhor Atriz SR: Nahed el Sebai – “Sins of the Flesh” e Hasmine Kilip- “Pamilya Ordinario”

Por este motivo, a organização decidiu entregar à TV Globo o Prémio Fantasporto como forma de “reconhecimento da sua importância no mundo audiovisual”. Glória Pérez foi ainda premiada individualmente com o primeiro Prémio Carreira, por ser “reconhecida mundialmente como uma grande argumentista de televisão”.

Por último, Ate de Jong levou para casa o Prémio Carreira, dia em que o seu filme “Drop Dead Fred” celebrou os 25 anos.

A 37ª edição do Festival Internacional de Cinema do Porto decorreu de 20 de fevereiro a 5 de março no Teatro Municipal Rivoli. No fim, a direção agradeceu a todos os participantes e presentes “vindos de todo mundo” e acrescentou que “o Fantas está orgulhoso de apresentar o melhor e o mais moderno cinema do país fantástico num deslumbrante leque de propostas”.

Artigo editado por Rita Neves Costa