O Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VDD), do atual primeiro-ministro Mark Rutte, foi o grande vencedor das eleições legislativas que ocorreram esta quarta-feira na Holanda. Os resultados preliminares, baseados numa “rápida contagem de votos”, mencionam também que o Partido para a Liberdade (PVV), de extrema-direita de Geert Wilders, ficou em segundo lugar sendo seguido pelos democratas-cristãos do CDA e pelos democratas do D66.

Os grandes derrotados das eleições são o partido de Geert Wilders (PVV) e o Partido Trabalhista (PvdA). O PVV, apesar de conquistar mais quatro lugares no parlamento que em 2012, fica abaixo dos 24 lugares das eleições de 2010, quando foi peça fundamental na constituição do governo. O Partido Trabalhista, o atual parceiro de coligação de Mark Rutte, sofreu um rombo no número de deputados no parlamento, passando de 38 deputados para apenas nove.

Quem ficou a ganhar nas eleições foram, principalmente, o VDD de Rutte e o partido dos verdes (GroenLinks) de Jesse Klaver. O Partido Popular para a Liberdade e Democracia, apesar de ter perdido oito lugares no Parlamento, conseguiu manter a ameaça da extrema-direita longe do governo holandês. O partido ecologista de Jesse Klaver conseguiu eleger mais 12 deputados, passando de quatro deputados para 16.

As eleições legislativas de quarta-feira foram as mais concorridas em 31 anos, com 82% de participação, quase mais 8 pontos percentuais que em 2012 (74,6%). Os votos foram contados manualmente, de forma a evitar receios de pirataria nos programas informáticos utilizados para contar votos.

O próximo passo é a constituição de um governo, pois o panorama de divisão de votos na Holanda, obriga a uma coligação que agregue, no mínimo, 76 deputados. O recorde para o maior número de dias para formar governo é de 1977, quando o ex-primeiro-ministro Dries van Agt demorou 208 dias, sendo que em 2012 foram precisos 52 dias para Mark Rutte negociar um governo. A contagem oficial de votos será divulgada terça-feira (dia 21 de março), a ocorrer na Casa dos Representantes.

Artigo editado por Filipa Silva