O projeto “Mais Voz à Juventude” da Câmara de Gaia foi apresentado em dezembro do ano passado e arrancou em janeiro deste ano. O programa é destinado a todos os jovens entre os 13 e os 30 anos de idade que vivem, estudam ou trabalham em Gaia e aos agentes que trabalham ou fazem voluntariado com jovens.
A organização comprometeu-se a realizar 25 sessões de grupo que envolveriam 480 participantes. A primeira ronda, dedicada a desafios e que já está finalizada, reuniu 257 participantes ao longo de 14 eventos.
Segundo o coordenador do projeto, Flávio Ramos, decorre agora “uma segunda ronda, dedicada a soluções, e em abril será organizada uma sessão final para debater a implementação, objetivos e avaliação”, explicou ao JPN.
O modelo do Pelouro da Juventude da autarquia gaiense é pioneiro ao nível local e o principal objetivo passa por “desenvolver uma estratégia de ação capaz de sistematizar, modernizar e dar projeção ao trabalho na área da juventude para apoiar a realização, emancipação e envolvimento dos jovens com a comunidade” tendo como fim último “a construção do primeiro Plano Municipal da Juventude de Gaia”, segundo Flávio Ramos.
Para além deste propósito de edificar o plano municipal, o coordenador aponta outras metas que a câmara definiu para o projeto, nomeadamente “a promoção do trabalho na área da juventude, a promoção da educação não-formal, a promoção da participação jovem e dos processos democráticos, a capacitação de técnicos de juventude, a promoção do trabalho colaborativo e a construção de uma rede de juventude de Gaia”.
- 25 de março (9:15h – 17.30h) na Biblioteca Municipal de Gaia
Concluídas as consultas do “Mais Voz à Juventude”, com data prevista para o final de abril, será realizada a primeira Conferência da Juventude de Gaia, em maio, na qual serão analisados os resultados preliminares. Flávio Ramos adianta que “ainda não é possível apresentar resultados finais” mas garante que já foram definidas as “áreas de atuação com base nos resultados da primeira ronda de consultas, questionário digital e diagnóstico inicial feitos com organizações e peritos de juventude”.
As oito áreas de atuação definidas são, segundo o coordenador do programa, “a empregabilidade e empreendedorismo; educação e formação; saúde e bem-estar; criatividade e cultura; coesão social; participação; juventude e o mundo”.
Quanto ao “feedback” dos jovens nas sessões já realizadas, Flávio Ramos garante que “o ciclo tem sido muito positivo e enriquecedor” e que “os participantes têm ficado muito surpreendidos com a oportunidade de participarem e apoiarem a construção de políticas públicas”.
O coordenador do projeto admite que “o programa, pelo seu cariz pioneiro e inovador, foi um risco que a Câmara decidiu assumir” e acredita num impacto que poderá exceder os limites do concelho, por conter “alguns elementos inovadores a nível nacional e que poderá vir a apresentar-se como uma boa prática nacional”.
No que diz respeito ao futuro, visto que o “Mais Voz à Juventude” ainda não está concluído, Flávio Ramos adianta que “a ambição é concluir o ciclo, organizar a primeira Conferência da Juventude de Gaia, concluir e apresentar o Plano Municipal da Juventude e passar para a implementação e avaliação da estratégia e das ações”.
Artigo editado por Filipa Silva