Vytenis Andriukaitis, comissário europeu responsável pela área da Saúde e Segurança dos Alimentos, visita esta quinta-feira o I3S, o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto que junta cerca de 800 investigadores do IPATIMUP (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular), IBMC (Instituto de Biologia Molecular e Celular), INEB (Instituto Nacional de Engenharia Biomédica) e de várias faculdades da Universidade do Porto.
A visita de Andriukaitis aos laboratórios será conduzida pelo Diretor do i3S, Mário Barbosa, e incluirá uma apresentação de alguns exemplos dos avanços de investigações. De seguida, o comissário reúne-se com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes.
À tarde, o comissário será um dos oradores na abertura oficial da sétima edição da Conferência Europeia do Tabaco e Saúde que se realiza no Hotel Sheraton.
O Comissário partilha o painel da sessão de abertura com Marcelo Rebelo de Sousa, a Rainha Letizia de Espanha, o ministro da Saúde, o presidente da Associação das Ligas Europeias contra o Cancro, Sakari Karjalainen, e o presidente das Ligas Portuguesas contra o Cancro, Vítor Veloso.
O painel conta ainda com dois peritos sobre o tema: Geoffrey Fong da Universidade de Waterloo e Luk Joossens da Associação das Ligas Europeias contra o Cancro.
Doenças Raras: um passo em frente
No passado dia 1 de março, arrancou o projeto lançado por Vytenis Andriukaitis, “Redes Europeias de Referência”. A ação parte da comunidade europeia e têm o objectivo melhorar a resposta dos vários países da União em doenças com poucos pacientes.
A rede surge por iniciativa da Comissão Europeia e quer ajudar os profissionais e os centros de competência existentes nos vários países a partilharem o conhecimento sobre as doenças raras e as suas exigências de cuidados especiais.
O Centro Hospitalar de São João e o Centro Hospitalar do Porto, por exemplo, fazem parte da recém-lançada ação que liga mais de 900 equipas europeias especializadas em doenças raras.
Andriukaitis e a polémica da carne brasileira contaminada
Na passada terça-feira, a Comissão Europeia voltou a confirmar que, das 21 empresas envolvidas na fraude da carne brasileira contaminada, quatro delas exportavam para o continente europeu e assegurou que as exportações provenientes de estabelecimentos implicados na fraude serão suspensos.
A China, o maior parceiro comercial do Brasil, decidiu suspender, ainda que de forma temporária as importações de carne do Brasil. E a Coreia do Sul seguiu a conduta chinesa e decidiu suspender a compra de carne de aves da empresa BRF (antiga Brasil Foods S.A.), de forma temporária.
Vytenis Andriukaitis viajará para o Brasil no próximo dia 27 de março e o debate sobre a carne sob suspeita está no centro das atenções.
Artigo editado por Filipa Silva