As 33 medidas do “Portugal INCoDe.2030” foram resumidas pelos ministérios responsáveis – Educação e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – em três grandes objetivos: “garantir a literacia e a inclusão digitais para o pleno exercício da cidadania”, promover a “estimulação em tecnologias e aplicações digitais” para qualificar o emprego e “produzir novos conhecimentos científicos” através da cooperação internacional.

São várias as ações que os dois ministérios e o coordenador global do “Portugal INCoDe.2030”, Pedro Guedes de Oliveira, apresentaram esta segunda-feira em Lisboa. A iniciativa interministerial tem ainda a participação das áreas governativas da Modernização Administrativa, do Planeamento e das Infraestruturas, do Trabalho e da Economia.

As dezenas de medidas previstas no programa, até 2030, servem propósitos como o de equipar todas as casas portuguesas com acesso à internet e capacitar 90% da população para utilizá-la com frequência. O programa prevê ainda que, até esse ano, 80% dos portugueses sejam competentes digitalmente (aos níveis básicos ou superiores), que mais de 250 mil jovens do Ensino Superior saiam das faculdades diplomados nesta área, que 80% dos empregados usem computadores com ligação à internet no local de trabalho e ainda que 90% dos consumidores nacionais utilizem a internet para aceder à banca eletrónica.

Na apresentação do programa, o ministro da Ciência, Manuel Heitor, explicou que Portugal precisa “de estabelecer metas para a educação digital da população” e que, por isso, é importante uma iniciativa como o “Portugal INCoDe.2030”, já que o país se encontra “significativamente abaixo da média da União Europeia em muitos destes aspetos”.

Desta forma ficaram justificadas as metas portuguesas apresentadas para 2030, com destaque para as habitações com acesso à internet. Na UE, eram 85% das casas em 2016, em Portugal, que contava com 74%, pretende-se que em 2030 a totalidade dos lares estejam equipados. Em 2016, eram 60% os utilizadores nacionais frequentes da rede, contra a média de 71% da UE.

Quanto às capacidades digitais dos portugueses, o governo prevê quase duplicar a percentagem de portugueses com competências básicas ou superiores em 13 anos (de 47% para 80% em 2030).

A iniciativa foi apresentada às 15 horas desta segunda-feira no Teatro Thalia em Lisboa, pelos ministros da Ciência, Manuel Heitor; da Presidência, Maria Manuel Leitão; da Educação, Tiago Brandão Rodrigues; e do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, numa sessão que terminou com uma intervenção do primeiro-ministro António Costa.

Artigo editado por Filipa Silva