PSD, CDS-PP, BE e PCP apresentaram e discutiram, esta quinta-feira, no Parlamento, projetos de lei com um objetivo comum: alterar a idade máxima dos beneficiários do programa Porta 65 de 30 para 35 anos, podendo estender-se até aos 37 anos.
O que é o Porta 65?
Trata-se de um sistema de apoio financeiro ao arrendamento por jovens, regulado por um conjunto de diplomas legais. Foi criado em 2007 para substituir o Incentivo ao Arrendamento Jovem. Apoia o arrendamento de habitações para residência, atribuindo uma percentagem do valor da renda. O subsídio varia consoante o valor da renda, os rendimentos dos candidatos e a região do país.
“O programa está mal desenhado”
O PSD viu hoje discutida uma proposta que já tinha levado ao parlamento e que não chegou a ser discutida por ter sido apresentada em cima das férias parlamentares de 2016. Além do aumento da idade máxima, o partido sugere ainda o aumento da lotação do número de candidaturas aprovadas.
O que pode mudar?
– Idade sobe para 35 anos – Proposta PSD, CDS-PP, BE e PCP, apoiada pelo PS
– Aumento do financiamento do programa (mais 50% do que os valores atuais, ou seja, 18 mihões de euros) – Proposta PSD
– Apoio dado por cinco anos (aumento de três para cinco anos o tempo durante o qual o subsídio é pago) – Proposta BE, PCP e CDS.
– Majoração do valor do subsídio dado quando existe deficiência (proposta de aumento de 15%) – Proposta CDS e PCP.
– Fim do concurso (o objetivo é que todos os jovens em condições elegíveis recebam apoio) – Proposta PCP
Bruno Coimbra, deputado do partido, critica os atuais números do programa, nomeadamente a passagem da taxa de aprovação dos 77% de 2012 para os 47% no ano passado. “Em 2016, o país está mais desafogado, ou seja, já não estamos num período de tanta dificuldade”, argumentou.
Como tal, o deputado afirma que “o programa está mal desenhado, feito de uma forma pouco capaz”, pelo que o PSD pretende melhorar o programa.
Dia 17 de abril abrem as candidaturas a mais uma edição do Porta 65. Estão abertas até 18 de maio. Para além desta fase, vão abrir mais duas candidaturas durante o ano, uma em setembro e outra em dezembro.
É improvável que o processo de alterações legislativas esteja pronto a tempo de abranger a fase de candidaturas que vai terminar em maio. Espera-se que as candidaturas de setembro e dezembro já abranjam as alterações que vão resultar da discussão parlamentar.
A votação às alterações propostas vai ser feita esta sexta-feira.