Festival DDD – Dias da Dança regressa entre os dias 27 de abril e 13 de maio nas três cidades da “Frente Atlântica”: Porto, Gaia e Matosinhos.

O festival dedicado à dança contemporânea, que rapidamente se tornou o maior do país, ​é organizado pelo Teatro Municipal do Porto/Câmara Municipal do Porto em parceria com a Câmara Municipal de Gaia e com a Câmara Municipal de Matosinhos num investimento superior a 400 mil euros.

Esta quinta-feira, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, o presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Eduardo Pinheiro, o vereador da cultura da Câmara Municipal de Gaia, Delfim Sousa e o diretor artístico do Teatro Municipal do Porto, Tiago Guedes, apresentaram a segunda edição do festival.

Eduardo Pinheiro, Rui Moreira e Delfim Magalhães de Sousa na apresentação do festival. Leonor Matos

Destaques do “Festival DDD – Dias da Dança”

Tiago Guedes, diretor artístico do Teatro Municipal do Porto, destaca a estreia do espetáculo “Muros” de Né Barros sobre a noção de raça e de marca territorial, no Teatro Nacional São João (Porto) na quinta-feira, 27 de abril, às 21h30, com repetição na sexta-feira, 28 de abril, às 19h00 e sábado, dia 29 de abril, às 18h30.

A Companhia Nacional de Bailado apresenta “A Perna Esquerda de Tchaikovski” com coreografia de Tiago Rodrigues numa peça em torno da memória do corpo da bailarina Barbora Hruskova. O espetáculo contará com a música de Mário Laginha, ao vivo, nos dias 5 de maio (21h30) e  6 de maio (18h30) no Teatro Nacional São João e  dia 11 maio (21h30) no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery.

Na última semana do festival, Alain Patel regressa com um novo espetáculo nos dias 8 e 9 de maio às 21h30 no Teatro Nacional São João, em estreia nacional, onde ensaia um paralelo entre a música e os problemas sociais e culturais do século XX na Europa.

Números do festival: Três autarquias financiam, 17 dias e 285 artistas

Este ano a dança celebra-se ao longo de 17 dias, juntando companhias e coreógrafos internacionais e nacionais em 35 espetáculos, oito deles em estreia nacional e nove estreias absolutas.

Glossário

DDD IN – espetáculos de auditório;

DDD OUT –  projetos em espaços públicos;

DDD Extra – um conjunto de atividades complementares aos espetáculos: masterclasses, workshops, encontros, conversas pós-espetáculos, sessões de ​cinema e ainda as festas;

Os interessados podem participar em três workshops de artistas e companhias internacionais e nove workshops de artistas e companhias portuguesas. Ainda há espaço para três sessões de cinema sobre o mundo da dança e seis conversas pós-espetáculo.

Estão disponíveis dois passes para o festival: um no valor de 20 euros que permite a entrada em cinco espetáculos à escolha e outro no valor de 30 euros com direito a sete espetáculos.

O programa do festival divide-se em três àreas específicas: DDD IN, DDD OUT e DDD EXTRA (ver caixa).

Candidatura ao Norte 2020 ainda sem resposta

Rui Moreira sublinhou a importância do festival para a união entre o Porto, Gaia e Matosinhos: “Acreditamos que é através da dança contemporânea que podemos conseguir uma expressão particularmente fértil desta articulação política, social e cultural entre as três autarquias”, declarou.

O presidente da Câmara do Porto deixou ainda reparos em relação ao atraso da publicação de resultados dos concursos lançados no âmbito do programa ‘Norte 2020‘. As autarquias candidataram o certame ao Programa Operacional Regional do Norte para obter financiamento “de forma a potenciar o festival e a introduzir-lhe outro nível de sustentabilidade”.

A candidatura “foi submetida em conjunto entre as três autarquias e os co-produtores do festival em setembro do ano passado”, explicou o presidente da câmara. “Esses resultados deveriam ter sido apresentados em novembro de 2016 e ainda estamos a aguardar a resposta”, concluiu o presidente da câmara portuense.

Eduardo Pinheiro salientou o “crescimento do número de academias e escolas que ensinam dança em Matosinhos”. O presidente da autarquia matosinhense reforça ainda que “só unidas, as três cidades conseguirão ter um público sustentável”.

Delfim Magalhães de Sousa, vereador da cultura  da Câmara Municipal de Gaia, admitiu que além da dança, “o cinema, a escultura e as artes plásticas precisam de um maior impulso”.

Artigo editado por Filipa Silva