Emmanuel Macron foi o vencedor das eleições de domingo, e defronta Marine Le Pen na segunda volta pela presidência francesa.

Macron, do movimento “En Marche!”, é o candidato europeísta que não é “nem de esquerda nem de direita” e quer “trazer a França para o século XXI” e conseguiu 23,9% dos votos. Pouco atrás ficou Marine Le Pen. A líder da Frente Nacional, campeã do nacionalismo eurocético e da antiglobalização chegou a 21,4% dos eleitores.

Grandes partidos foram os derrotados da noite

Vários especialistas davam como provável a união dos candidatos no apoio a um adversário de Marine Le Pen. Macron já reúne os apoios de alguns dos derrotados. Benoît Hamon foi o primeiro a apelar ao voto no candidato centrista, alegando saber “a diferença entre um adversário político e um inimigo da República”. O candidato socialista não conseguiu mais de 6,3% dos votos, o pior resultado de sempre para o partido.

Depois de uma campanha ensombrada por vários escândalos de corrupção, também François Fillon se ficou pelos 19,9%. O candidato assumiu total responsabilidade pela derrota, e defendeu a necessidade de se escolher o preferível para o país. “A abstenção não me apela quando há um partido extremista perto de saltar para o poder”, justificou, antes de anunciar o apoio a Macron.

É a primeira vez que a segunda volta das eleições presidenciais francesas não conta com nenhum candidato dos maiores partidos.

As primeiras projeções, das sondagens Ipsos/Sopra Steria dão a vitória ao candidato centrista, com 62% das intenções de voto. Le Pen fica-se pelos 38%. As urnas reabrem para a segunda volta já a 7 de maio.

Artigo editado por Rita Neves Costa