O protocolo para o restauro do Farol de São Miguel-o-Anjo, na foz do Rio Douro, foi assinado esta quinta-feira, numa parceria entre a Direção Regional de Cultura do Norte, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e a Associação Comercial do Porto. A obra vai custar 180 mil euros.
O Farol-Capela de São-Miguel-o-Anjo, na Cantareira (foz do Douro), tem cinco séculos e foi o primeiro a ser construído de raiz em Portugal. A ideia é conservar e restaurar o edifício, para que este possa ser aberto ao público, com uma pequena exposição com a história do local e do monumento.
Neste momento, o farol encontra-se fechado e em mau estado de conservação, o que, segundo a Direção Regional de Cultura do Norte, se deve “à salinidade do ar, ao desgaste natural de quase 500 anos de vida, às mutilações provocadas pelo encosto dos outros edifícios e por usos espúrios”. O diretor regional de Cultura do Norte adiantou à Rádio Renascença que as obras devem começar após o verão e ficar concluídas em menos de um ano.
O farol foi mandado construir por volta de 1528, por D. Miguel da Silva, embaixador do rei junto do Papa, Bispo de Viseu e Abade Comendatário do Mosteiro de Santo Tirso. Desde meados do século XVII que está desativado e apenas se mantém o seu uso como Capela.
A intervenção junta-se à requalificação da Estação Salva-Vidas da Cantareira, dentro do Protocolo de Cooperação entre o Ministério da Defesa Nacional, pela Marinha Portuguesa e a Direção Regional de Cultura do Norte celebrado há dois anos.
Artigo editado por Filipa Silva