No ano em que o FITEI celebra o quadragésimo aniversário, a evocação da memória e comunidade, é o tema principal do mais antigo festival de teatro do País.
Rui Moreira, atual presidente da Câmara do Porto, um dos intervenientes da apresentação, defendeu que o festival não ficou parado no tempo e que “isto tem muito a ver com esta cidade, cidade que se recria todos os dias, não perdendo as suas ligações com o passado, tem um presente e um olhar do futuro”.
O autarca anunciou durante a conferência de imprensa, que a câmara municipal, para assinalar os 40 anos do FITEI, vai contribuir com dez mil euros para a edição comemorativa — além do restante valor de apoio à organização do evento.
No que diz respeito à coprodução, no ano passado a câmara contribuiu com 45 mil euros. Este ano, o valor sofreu um aumento de quase 50%, subindo para os 67 mil euros. A estes valores acrescem-se ainda o apoio técnico, a divulgação e a cedência de espaços.
Tiago Guedes, diretor do Teatro Municipal do Porto – Rivoli e Campo Alegre – garante que a cidade tem muito a ganhar com o FITEI renovado. “O que é apresentado aqui é algo de que, tanto eu como o Gonçalo [Amorim, diretor artístico do FITEI] nos orgulhamos muito e é muito bom trabalhar assim”, acrescenta.
Gonçalo Amorim, apresentou a programação do festival que vai abrir com o espetáculo Macbeth, com encenação e dramaturgia de Nuno Carinhas e que estará em cena de 1 a 17 de junho, no Teatro Nacional São João.
O director artístico do FITEI adiantou também que a programação deste ano é: “pensada debaixo dos signos dos temas comunidade e memória, ambos idealizados já desde o ano passado, porque pensamos que deveríamos de fazer com este FITEI 40, uma celebração também do que é o teatro do Porto e em Portugal”.
O FITEI 2017 será composto por 20 espetáculos provenientes de Portugal, Argentina, Chile e Espanha, debates, workshops para a comunidade artística escolar, masterclasses, exposições, seminários e um livro comemorativo.
Artigo editado por Rita Neves Costa