A Concha Acústica do Palácio de Cristal é o local onde vai decorrer o Porto Blues Fest. A primeira edição do festival que se realiza nos dias 26 e 27 de maio, promete ser uma festa musical e contempla dois “grandes do blues” como Rui Veloso e Shirley King, filha do considerado “rei do blues”, B. B. King. A primeira edição já vendeu cerca de mil bilhetes.

O festival conta com a parceria da Câmara Municipal do Porto e da Porto Lazer para o festival. Pelas 22h de sexta-feira, os portugueses Delta Blues Riders vão ser os primeiros a estrear o palco do festival. Dois dos integrantes da banda, Paulo Veloso — voz, harmónica, guitarra e piano — e António Ferro — baixo — já tiveram a oportunidade de tocar com Go Graal Blues Band, Rui Veloso, Mable John, Chris Jagger, Olan Christopher Bell e Zakiya Hooke.

De seguida, a dupla composta pelo britânico Julian Burdock (nomeado dez vezes para os British Blues Awards) e pelo espanhol Danny Del Toro (que é conhecido por conseguir misturar uma grande diversidade musical desde os bottleneck blues ao funk) vai tomar conta do palco da Concha Acústica. O concerto da dupla vai ter a guitarra e a voz de Julian Burdock e a harmónica de Danny Del Toro.

Cartaz Porto Blues Fest 2017. Foto: Facebook Porto Blues Fest

No dia seguinte pela mesma hora, é tempo de homenagear o “rei do blues”. Segundo a organização, “é o grande destaque da primeira edição do festival”. O concerto vai juntar o maior “bluesman português” Rui Veloso, o único português que tocou com B. B. King em palco e Shirley King, filha do músico. Apelidada como “the daughter of the blues”, Shirley foi convidada pela organização não só por causa do pai, mas também pela carreira que tem vindo a desenvolver.

“É certo que em Portugal, a indústria [do blues] está a crescer mas para isto aumentar ainda mais – temos cada vez mais pessoas a ir a concerto e a festivais de blues – temos que convidar gente de fora do blues. Obviamente que a presença do Rui Veloso e da Shirley King faz com que o festival ganhe força”, diz Adalberto Ribeiro, o responsável pela organização do Porto Blues Fest.

“Os festivais [de blues] tinham público e no momento as ofertas deste género acabaram e ficou um buraco no mercado. O público existe e há quase um ano e meio quisemos criar esta marca. O ano passado não nos foi possível fazer a primeira edição porque não conseguimos conciliar as datas com as acessibilidades do Palácio e da Porto Lazer, mas este ano já conseguimos”, explicou o responsável.

“O que mais me surpreendeu é o volume de interesses que tem existido mesmo na nossa página de Facebook e toda a comunicação que foi feita com o interesse dos media, com as televisões a convidarem-nos a fazer a apresentação do programa nos seus canais e portanto, tudo isso mostra que esta marca chegou este ano para ficar”, acrescentou Adalberto Ribeiro.

Sexta e sábado vão decorrer dois workshops: um de guitarra e outro de harmónica. No sábado vai ser anunciada a segunda edição, embora ainda não sejam conhecidas as datas. Manter os dois dias de concerto é uma certeza, mas a organização quer alargar o número de atividades que antecede o festival.

“O nosso objetivo no próximo ano é manter os dois dias de concertos mas queríamos alargar estas iniciativas com outras que irão decorrer na semana anterior, mas é algo que só podemos confirmar daqui a seis meses”, conclui o responsável.

Os bilhetes do festival estão à venda por 25 euros e através de Ticketline já “foram vendidos cerca de mil bilhetes”, remata Adalberto Ribeiro ao JPN.

Artigo editado por Rita Neves Costa