Direito, Engenharia e Medicina Dentária são as três faculdades sem cantina esta sexta-feira. De acordo com Lurdes Ribeiro, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), a greve “não afetou muito a Universidade do Porto” e acrescenta “se as pessoas estivessem bem informadas sobre a greve, a adesão seria maior”. A sindicalista considera que há trabalhadores com contratos individuais de trabalho que não aderiram à greve “por receio” ou “por não terem a certeza que a greve era para eles”.
No sentido de perceber o impacto da greve da função pública na Universidade do Porto, o JPN contactou a Reitoria da instituição, mas ainda não são conhecidos os números da greve.
Ainda a Norte, as paralisações afetaram vários setores do Hospital São João: “Estão fechados os blocos de estomatologia, de oftalmologia, de otorrinolaringologia – aqui também não houve consultas – e ainda o bloco de neurocirurgia, enquanto o bloco de torácica encontra-se a 50%”, afirmou à Lusa Mário Sobrinho, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Funções Públicas do Norte (STFPS). Os hospitais de Penafiel, Pedro Hispano e Santo António apresentam uma adesão acima dos 75%. No Hospital de Vila Nova de Gaia, os números chegam aos 100%.
No setor da educação, eram dez as escolas do Porto fechadas às nove horas.
A greve nacional teve uma adesão “em termos gerais de 75%”, sendo que nos setores da saúde e da educação os números chegam a 90%. A informação é de Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública, em declarações à Agência Lusa.
A greve da função pública foi anunciada em abril e convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSTFPS). Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais, pagamentos de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalhos semanais para todos os funcionários do estado. Ana Avoila, citada pelo “Diário de Notícias”, acrescenta que outra das razões para a greve é o facto do Plano Nacional de Reformas apontar que “os trabalhadores da função pública só vão ter aumentos de salários a partir de 2021 e que o descongelamento das carreiras será feito a partir de 2018 de forma faseada”.
Artigo editado por Rita Neves Costa e Filipa Silva