Fernando Teixeira dos Santos foi agraciado esta segunda-feira com o Prémio Carreira FEP 2017. O antigo ministro das Finanças, entre 2005 e 2011, do governo de José Sócrates sucede assim a galardoados como Rui Rio e Daniel Bessa. Ao JPN, Teixeira dos Santos falou de números, finanças e de como Portugal está no caminho certo no que toca à economia nacional.

Questionado acerca do estado atual das finanças portuguesas, o premiado considera que “melhoraram”. Na opinião do antigo ministro da Finanças, ao longo dos últimos anos foram feitos “progressos importantes”, em particular o resultado alcançado em 2016 [défice público de 2.1%], considerado o mais baixo da democracia portuguesa.

A saída do país do chamado “procedimento por défice excessivo” foi algo que “contribuiu para o reforço da confiança dos investidores na economia portuguesa”, declara, sublinhando o facto de o país inegavelmente “necessitar de investimento”, disse o economista à margem da sessão solene de atribuição do prémio carreira FEP 2017.

Depois de ter ocupado o cargo de ministro das Finanças, o atual Presidente da comissão executiva do Banco BIC Português não esconde uma “grande satisfação” ao ser distinguido com este prémio, revelando que tem uma “forte ligação à faculdade desde há muitos anos, como aluno e como professor”.

Refere também que tem “consciência de que o facto de ter exercido cargos públicos” tenha dado visibilidade especial à sua carreira e daí esta distinção. Ainda sobre a atribuição deste prémio carreira, Teixeira dos Santos diz ter a “certeza de que haverão muitos outros diplomados da FEP com excelentes carreiras que também mereciam um prémio como este”.

Todos os anos o prémio carreira FEP é atribuído desde 2011 a um diplomado da faculdade que se tenha distinguido pela carreira e percurso cívico e que, fazendo-o, tenha contribuído para afirmar a escola como instituição no ensino e na investigação em economia e gestão. Este ano, o mérito foi atribuído a Fernando Teixeira dos Santos, licenciado nesta faculdade em 1973, ano em que começou a exercer nessa instituição.

Anteriormente o prémio foi entregue a personalidades como Francisco de Olazabal (empresário e gestor vinícola), Miguel Cadilhe (antigo secretário de Estado e ministro das Finanças 1985-1990), Manuel de Oliveira Marques (professor e gestor na área dos seguros), Elisa Ferreira (Membro do Conselho de Administração do Banco de Portugal), Rui Rio (antigo presidente da Câmara Municipal do Porto) e Daniel Bessa (ministro da Economia do XIII Governo Constitucional no mandato de António Guterres).

Artigo editado por Rita Neves Costa e Filipa Silva