Espinho é a cidade que vai acolher o festival, mas antes, a organização convida a cidade a visitar o FEST – Warm Up Porto. De 2 a 3 de junho, vários espaços da cidade vão receber sessões gratuitas de curtas-metragens, conversas sobre cinema e uma masterclass sobre a distribuição de filmes.

O warm up tem como objetivo “criar uma plataforma de informação extra sobre o festival, isto é, aproveitar alguns dos trabalhos do ano passado que tiveram sucesso no ano passado para chamar a atenção a esta próxima edição, aproveitar para criar uma nova oportunidade para promover os jovens cineastas e expandir o alcance da nossa organização”, referiu ao JPN, Fernando Vásquez, da equipa da produção executiva do FEST.

A atividade começou pelas 13 horas desta sexta-feira com a sessão “Traz o Teu Almoço” no UPTEC PINC. Segue-se uma programação de cinco curtas metragens com os mais variados géneros, como “En Parmiddag” de Anton Brandt Thykier, “Lux” de Bernardo Lopes e Inês Malveiro, “Passenger” de Andreas Kessler, Stephan Kaempf & Daniela Schramm Moura, “A Whole in my Heart” de Mees Peijnenburg e “Larp” de Kordian Kadziela.

No Cinema Trindade a partir das 15h30 vão ser exibidas seis curtas-metragens portuguesas:  “Não são favas, são feijocas” de Tânia Dinis e Jorge Quintela, “Borda D’Água” de João Viegas e Miguel Canaverde, “Terra” de Pedro Lino, “Para Lá do Marão” de José M. Fernandes, “Pronto, Era Assim” de Joana Nogueira e Patrícia Rodrigues, e “Temperar  gosto” de Susana Neves.

De seguida, é na Reitoria da Universidade do Porto (UP), que começa a apresentação da masterclass de distribuição de cinema com Filipe Pereira. Aqui vão ser abordadas as alternativas e os conceitos essenciais que devem ser tidas em conta no momento da definição de uma estratégia de distribuição de conteúdo. Ainda vai ser apresentada uma visão geral do circuito internacional e nacional de festivais, bem como os métodos para garantir a seleção de trabalhos, as técnicas de networking e a presença em eventos de “larga escala”.

O dia termina com a sessão ao ar livre também na Reitoria da UP. Cinco thrillers e documentários sobre artistas invulgares vão ser exibidos pelas 22h00. São eles: “Empire” de Kristof Hoornaert, “Considerações sobre fumaça e musgo” de Artur Miranda,  “Lobo” de Thiago Busse, “Cracks” de Koen van Sande, “Getting Fat in a Healthy Way” de Kevork Aslanyan.

No dia seguinte, o warm up segue na Reitoria que inicia a sessão infantuil às 15h00, com as curtas-metragens “Cágado” de Pedro Lino, “Afonso Henriques” de Pedro Lino, “Menina Gorda” de Pedro Lino e “Loopi Gugo” de João Sousa, “Tea Time” de Thomas Bourret, “Fres Boi” de Cristina Vilches e Paloma Canonica, e “catch it” de Coline Moire de França.

Pelas 19h00 vai haver uma sessão e conversa no FNAC Santa Catarina. De seguida o documentário “Pronto, era assim”, complementado com sessões a 2D de Patrícia Rodrigues e Joana Nogueira, vai ser exibido.

O FEST – Warm Up Porto termina com uma sessão de cinema num comboio da CP (Comboios de Portugal) durante a viagem Porto – Aveiro pelas 20h50.

A programação do FEST no Porto. Foto: FEST - New Directors New Films Festival/ Facebook

Visitar para conhecer melhor

O FEST realiza-se em Espinho entre os dias 19 e 26 de junho, mas fazer esta primeira parte no Porto, tem como estratégia chamar mais pessoas. “O Porto é uma cidade que tem tido uma explosão cultural enorme nos últimos anos e acreditamos que existe um interesse ainda maior em relação a forma como as pessoas se interessam pelos novos criadores”, afirmou o produtor.

Nada como experimentar o evento gratuito para conhecer um pouco do festival. É o que diz Fernando Vásquez: “Aqui no FEST Warm Up temos uma oferta minimamente representativa. Tentamos construir um programa com uma certa variedade de filmes e acaba por apresentar uma pequena janela para o que o evento em si tem a oferecer. A única maneira de conhecer o FEST é vindo ao warm up“.

O evento procura criar um espaço onde cineastas emergentes possam mostrar e promover o seu trabalho bem como desenvolver os seus conhecimentos e partilhar oportunidades, criando novos públicos para o cinema independente.

Dentro do festival, decorrem outros dois eventos em paralelo. O FEST – Training Ground é a secção de formação que tem mais de 30 atividades, como debates e masterclasses, liderada por algumas das mais proeminentes figuras da indústria cinemática e o FEST – Pitching Forum, onde cineastas podem apresentar os seus projetos a um painel de produtores, agentes de trabalho e financiadores de topo.

O festival é conhecido pelos convidados internacionais que traz e a animação. Este ano volta a ter um programa de masterclasses com individualidades de referência: Edward Lachman, diretor de fotografia; Melissa Leo, atriz vencedora de um Óscar; Allan Starski, designer de produção; Iain Smith, produtor; Gary Yershon, compositor; Eddy Joseph, editor de som; Gareth Wiley, produtor; Brian Muir, escultor; Paul Miller, produtor; Richard Morrison, designer de créditos.

Nem sempre é fácil conseguir trazer ao evento, os nomes mais cobiçados da indústria, mas “o nome do FEST começa a espalhar-se e o nome do evento começa a crescer e por vezes entram em contacto connosco para ver se os profissionais conseguem vir fazer uma sessão”, contou Fernando Vásquez ao JPN.

Para a edição deste ano, o objetivo “é bater o recorde que tivemos o ano passado a nível e participação. O ano passado ultrapassamos as 500 pessoas. Penso que este ano penso seja mais simples de o fazer porque temos um programa que potencialmente é o melhor programa que alguma vez tivemos”, concluiu o produtor.

Para cada sessão do FEST, o preço do bilhete é de 2,5 euros. Se for apresentado o cartão de estudante, o este baixa para 1,5 euros. Para o Training Ground, existem passes disponíveis, com ou sem alojamento.

Artigo editado por Rita Neves Costa