Depois de três anos de impasse e polémica, parece que finalmente foram reunidas as condições necessárias para o “Joãozinho” ser construído. Na passada quinta-feira, Dia Mundial da Criança, foi assinado pelo presidente do CHSJ, António Oliveira e Silva, e a presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, Marta Temido, o memorando de entendimento para a construção do Centro Pediátrico Integrado (CPI) do Centro Hospitalar de São João (CHSJ), no Porto. O documento teve a aprovação do secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernado Araújo.

A obra, cujo arranque está marcado para outubro e conclusão prevista para 2020, terá o custo de quase 24 milhões de euros.  Está planeada a criação de 100 a 107 camas pediátricas, 25 das quais direcionadas para os cuidados superiores, nomeadamente Medicina Intensiva, queimados e Neonatologia. Um bloco operatório com duas salas e instalações para cirurgia de ambulatório, área de ambulatório para hospital de dia e espaços lúdico-educativos fazem também parte do projeto, noticia o “Jornal de Notícias”.

Após a cerimónia, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde comentou a parceria entre o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças que culminou no investimento de 15 a 20 milhões de euros no projeto. “O Governo, o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças, irão trabalhar em conjunto para conseguirmos obter este resultado e darmos condições adequadas às crianças e aos profissionais que lá trabalham, com enorme resistência e enorme resiliência”, disse Fernando Araújo em declaração aos jornalistas no final da cerimónia de assinatura do memorando.

Inicialmente, o projeto de construção da ala pediátrica do São João foi atribuído à associação “O Joãzinho”, presidida por Pedro Arroja que, em entrevista ao JPN no ano passado, explicou as barreiras burocráticas que travaram o progresso do projeto e salientou que não ia desistir. Agora, com o projeto nas mãos do Governo, espera-se que até outubro seja assinado o acordo de reversão da titularidade da obra.

Atualmente, a ala pediátrica do CHSJ funciona em instalações provisórias e assim está há mais de cinco anos, quando o prazo inicial era de três.

Artigo editado por Filipa Silva