Francisco Louçã e Mariana Mortágua chegaram esta sexta-feira de manhã ao Porto para participarem no último dia de campanha de João Teixeira Lopes. Vieram de comboio e encontraram-se com o candidato à Câmara do Porto na Boavista, junto à estação de metro da Casa da Música, onde ajudaram o sociólogo a distribuir jornais de campanha pelos transeuntes.

Aos jornalistas, o antigo líder dos bloquistas considerou que a estreia de um vereador do Bloco na cidade Invicta é necessária: “O Bloco de Esquerda e João Teixeira Lopes farão um trabalho extraordinário na vereação. Acho que o Porto precisa de respirar esse ar e ter essa força do Bloco de Esquerda”.

Sobre a separação que colocou em lados opostos Rui Moreira e Manuel Pizarro, Louçã considerou que “essa guerra não interessa nada”. “Estiveram coligados, estiveram muito próximos. Acho que o fingimento na política não serve”, concluiu.

Pela sua parte, João Teixeira Lopes sublinhou que o Bloco foi “a força que mais enfrentou Rui Moreira” nesta campanha e que “hoje é claríssimo que um vereador do Bloco de Esquerda significará o fim do sonho de uma maioria absoluta” para o atual presidente da Câmara do Porto.

“Nós temo-nos batido por causas e temos dito que na Câmara uma vez eleitos bater-nos-emos para que os privados não tenham lixo, não tenham o estacionamento, não tenham o Rosa Mota, não tenham o Matadouro e para que haja casa construída com fundos públicos, para que os idosos tenham uma rede municipal de cuidadores, que é uma proposta que eu acarinho muito particularmente. Por isso, a diferença será um vereador do Bloco de Esquerda que nunca teve representação na câmara e que surge agora como uma possibilidade real”, declarou ainda o candidato.

Já esta tarde, a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, juntou-se à comitiva. Além de participar numa arruada por Santa Catarina, a responsável vai estar também no jantar de encerramento marcado para as 19h00 na Alfândega do Porto.