Portugal estava obrigado a vencer a Suíça para conseguir o apuramento direto para o Mundial da Rússia. A três pontos do primeiro lugar, fruto da derrota na primeira jornada, restava à seleção nacional derrotar esta terça-feira os suíços, no Estádio da Luz, para evitar o play-off.

Depois de um início equilibrado, Portugal começou a ameaçar e chegou à vantagem ainda na primeira parte, num lance infeliz de Djourou, que introduziu a bola na própria baliza. Na segunda parte a equipa portuguesa marcou cedo, por intermédio de André Silva, e ainda podia ter ampliado, num jogo em que Rui Patrício acabou por ser um espectador.

Equilíbrio marcou primeira parte

O jogo começou equilibrado. Portugal, que entrou em campo com várias alterações comparativamente à partida com Andorra, começou por se apresentar em 4-4-2, com Ronaldo a regressar ao 11 para se juntar a André Silva na frente de ataque.

Apesar de um maior controlo da posse de bola na fase inicial, a seleção nacional sentia muitas dificuldades para ultrapassar a defesa Suíça. Os helvéticos, a quem o empate garantia o apuramento, procuravam sobretudo não dar espaço ao ataque português, preocupando-se igualmente em baixar o ritmo de jogo.

Após uma primeira meia-hora pobre em oportunidades, Portugal criou finalmente perigo ao minuto 32. Na sequência de uma jogada de Cristiano Ronaldo, João Moutinho colocou a bola em Bernardo Silva, que rematou forte para defesa apertada de Sommer.

A seleção portuguesa começava finalmente a crescer no jogo e chegou mesmo ao golo a cinco minutos do intervalo: jogada na esquerda do ataque português com Eliseu a cruzar para o interior da área onde, num lance confuso, o defesa central suíço Johan Djourou acaba por desviar a bola para a própria baliza.

O intervalo chegava assim com Portugal em vantagem num jogo com poucos destaques.

Segunda parte tranquila

A paragem não afetou a equipa portuguesa, que começou o segundo tempo novamente por cima no encontro. Cristiano Ronaldo lançou o primeiro aviso ao minuto 55, num remate de meia-distância do capitão português muito próximo do alvo.

A Suíça procurava reagir, mas Portugal controlava a partida e ampliou a vantagem dois minutos depois. Jogada pelo corredor direito da equipa nacional, triangulação de João Moutinho com Bernardo Silva e o jogador do Manchester City a cruzar para André Silva finalizar ao segundo poste.

Com o segundo golo, Portugal abrandou o ritmo e começou a gerir mais a posse de bola, procurando conservar a vantagem sem correr riscos. A Suíça, a precisar de dois golos para conseguir o apuramento direto, tentou subir no terreno, lançando os atacantes Steven Zuber e Embolo.

A primeira alteração da seleção portuguesa surgiu de seguida, com a lesão de Eliseu a forçar Fernando Santos a trocar o lateral do Benfica por Antunes. O selecionador nacional mexeu novamente pouco depois, lançando André Gomes para o lugar de André Silva, reforçando o meio-campo português.

Ao minuto 79, Portugal ficou perto do terceiro golo por duas vezes. Primeiro Pepe, já no interior da grande área, atirou fraco para defesa de Sommer e de seguida Ronaldo, isolado por João Mário, perde-se em fintas e acaba por deixar o guarda-redes suíço antecipar-se.

Nos minutos finais, a Suíça ainda procurou reduzir, mas nunca conseguiu verdadeiramente criar perigo junto da baliza de Rui Patrício, sendo um remate de longa distância de Steven Zuber o único lance de algum destaque.

Já para lá do minuto 90, Danilo Pereira entrou para o lugar de João Mário e Portugal ainda podia ter chegado ao terceiro, num lance individual de Bernardo Silva que culminou com um remate contra um jogador suíço.

Antes de abandonar o relvado os jogadores da seleção nacional cantaram ainda o hino em uníssono com os quase 60 mil adeptos presentes no Estádio da Luz, celebrando a passagem direta para o Mundial carimbada com esta vitória.

“Portugal pode lutar contra qualquer equipa”

No final do encontro o aniversariante Fernando Santos destacou a organização e o controlo de bola de Portugal, não deixando de realçar a qualidade da seleção da Suíça.

Sobre o Mundial da Rússia o selecionador nacional garante que não faz promessas mas assegura que “Portugal pode lutar contra qualquer equipa”.

O médio João Mário abordou também as possibilidades portuguesas na Rússia, garantindo que Portugal não é favorito à vitória final mas é um dos candidatos, assegurando ainda que a equipa portuguesa acreditou “desde o primeiro jogo no primeiro lugar” do grupo.

Portugal e França garantiram esta noite a vitória dos respetivos grupos e com ela o apuramento para o Campeonato do Mundo da Rússia do próximo ano. No quadro europeu, juntam-se a Bélgica, Espanha, Inglaterra, Islândia, Polónia e Sérvia, além dos campeões em título da Alemanha e dos anfitriões russos.

Para o play-off estão apuradas a Croácia, Dinamarca, Grécia, Irlanda do Norte, Itália, República da Irlanda, Suécia e Suíça.

No resto do mundo, estão garantidos na Rússia para já: Arábia Saudita, Brasil, Coreia do Sul, Costa Rica, Egipto, Irão, Japão, México e Nigéria.

O sorteio da prova está marcado para o dia 1 de dezembro.

Artigo editado por Filipa Silva