No total são 13, sete deles, eleitos pelo movimento de Rui Moreira, vão concentrar poderes executivos. Todos os outros serão vereadores sem pelouro. Confira quem fica com o quê no novo executivo camarário do Porto.

Esta quarta-feira, dia da tomada de posse dos novos órgãos autárquicos do Porto, foi divulgada a distribuição de pelouros pelos novos vereadores do executivo municipal.

Desta feita, e ao contrário do que aconteceu no primeiro mandato, quando por força de uma maioria relativa o atual presidente fez um acordo de governo com o Partido Socialista, todas as pastas ficam com os vereadores eleitos pelo movimento de Rui Moreira.

De Manuel Pizarro (à esq.) a Ilda Figueiredo (ao fundo), os novos vereadores tomaram posse.

De Manuel Pizarro (à esq.) a Ilda Figueiredo (ao fundo), os novos vereadores tomaram posse. Foto: Filipa Silva

Do conjunto, reforçado com mais um mandato, há três caras novas e quatro elementos que continuam na vereação, em quase todos os casos com competências reforçadas.

Rui Moreira, é agora uma certeza, vai continuar com a pasta da Cultura sob a sua alçada, ele que a acumulou por altura do falecimento do anterior detentor da pasta, Paulo Cunha e Silva. As Finanças e Sustentabilidade também serão da responsabilidade do presidente da autarquia.

Filipe Araújo prossegue na liderança da Inovação e Ambiente, e ascende a número dois da equipa, cabendo-lhe a vice-presidência da autarquia que era, no mandato anterior, de Guilhermina Rêgo.

Cristina Pimentel, que liderava a Mobilidade tem uma pasta com novo nome: Transportes. A autarca, quadro da STCP e diretora do Museu do Carro Elétrico do Porto, vai ainda ficar com a responsabilidade de chefiar a Fiscalização e Proteção Civil.

Ricardo Valente, que começou o mandato 2013-2017 como vereador do PSD, mas que me 2016 aceitou o convite de Rui Moreira para ficar com a pasta da Economia, não só mantém esse pelouro como o vê expandir-se. A nova pasta inclui, além da Economia, o Turismo e o Comércio, antes com vereação própria.

O professor da Faculdade de Economia do Porto lidera ainda a Invest Porto e vai ficar a seu cargo a Gestão de Fundos Comunitários e a “diplomacia económica”, notou Rui Moreira no seu discurso, é para “acentuar neste mandato”.

Depois vêm as caras novas. Umas mais do que outras. Fernando Paulo, por exemplo, foi diretor da presidência no anterior mandato e assumiu a gestão da Domus Social em maio depois da rutura do movimento de Rui Moreira com o Partido Socialista. Fica, então, com o pelouro que era de Manuel Pizarro (PS) – Habitação e Coesão Social – a que junta a “Educação”, que era liderada por Guilhermina Rêgo no anterior mandato.

Pedro Baganha, que já era adjunto de Correia Fernandes (PS) no pelouro do Urbanismo, assume a pasta, tendo-se candidatado pela primeira vez pelo movimento de Rui Moreira. É desde janeiro de 2017 o administrador executivo da empresa municipal Gestão de Obras Públicas. Além do Urbanismo, tem uma nova pasta: Espaço Público e Património.

Com a Juventude e Desporto e ainda os Recursos Humanos e Serviços Jurídicos fica a número três da lista de Rui Moreira a estas eleições, Catarina Araújo, formada na área do Direito e com larga experiência no campo da assessoria jurídica.

A nova vereação da Câmara Municipal do Porto fica completa com os quatro vereadores do Partido Socialista – mais um que no anterior mandato – todos sem pelouro: Manuel Pizarro, Fernanda Rodrigues, Odete Patrício e José Luís Catarino.

O PSD passa de três para um vereador, que será Álvaro Almeida. A CDU mantém um lugar na vereação, o qual vai ser ocupado por Ilda Figueiredo.