Uma aplicação móvel para acompanhar a progressão dos atletas em tempo real e partilhar instantaneamente nas redes sociais? É uma das novidades da 14ª Maratona do Porto, que se vai realizar no domingo e que espera cerca de 15 mil participantes.

A Maratona do Porto ganhou notoriedade desde a primeira edição, em 2004, na altura com apenas 317 atletas. Há um ano, 4.748 pessoas terminaram a corrida e deram à competição portuense o recorde de maior número de participantes em maratonas portuguesas, mas a “prova dos nove” vai ser no domingo.

Na apresentação da 14ª edição da prova, na segunda-feira, Jorge Teixeira, diretor-geral da RunPorto, anunciou que a Maratona do Porto vai ser fiscalizada pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla inglesa) para a atribuição da “Bronze Label”, uma distinção que coloca a prova no circuito mundial das maratonas.

Se conseguir, o Porto vai ser a segunda cidade no país a ser distinguida pela IAAF, depois de Lisboa. A maratona portuense é também a única prova homologada para tempos de acesso a campeonatos europeus, do mundo e jogos olímpicos. Jorge Texiera referiu que “o Porto já tem a melhor maratona do país, só falta o selo de aprovação da IAAF”.

Nacional de maratona “muda de casa”

A Invicta foi o local escolhido para o Campeonato Nacional de Maratona do próximo ano e vai “roubar” a prova à capital, que integrava a competição na Maratona de Lisboa. A garantia foi dada pelo dirigente da RunPorto e por Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA). O primeiro ano do nacional de maratona na Invicta vai ser o “projeto piloto” para integrar as próximas edições na Maratona do Porto.

A corrida e a inovação de mãos dadas

À semelhança da meia-maratona do Porto, que se realizou há um mês e meio, a organização vai disponibilizar uma aplicação móvel com o intuito de ser o “companheiro” do corredor ao longo dos 42 quilómetros da prova. O “live tracking” é a característica principal e permite e atletas, familiares e amigos acompanharem em tempo real o progresso dos participantes. Informações sobre meteorologia, postos de abastecimentos, ritmo da corrida e ainda vídeos de cada atleta nos postos que assinalam cada quilómetro são outras das opções, que têm ligação imediata às redes sociais.

Jorge Teixeira também anunciou que vai haver música diferente ao longo de cada quilómetro e que, pela primeira vez, a maratona vai ser transmitida pela televisão. “Colocamos em cima da mesa o prato que gostaríamos de comer”, disse o dirigente, que é um antigo maratonista.

A 14ª EDP Maratona do Porto tem partida marcada junto ao Sea Life, pelas 09h00, e chegada no Queimódromo. A organização espera a participação de cerca de 15 mil pessoas, distribuídas entre a maratona, a Family Race (15 quilómetros) e a caminhada (6 quilómetros). Entre os atletas de elite, destaque para quenianos, etíopes e eritreus. No setor masculino, Lawrence Kimaiyo chega à prova com o melhor recorde pessoal (2h07m01s). Há ainda Jackson Limo, Workneh Fikire Serbessa (vencedor em 2014), Emmanuel Bor ou Charles Kipkoech Cheruiyot.

No setor feminino, vai estar a vencedora da Meia-maratona do Porto deste ano, Mónica Jepkoech, mas é uma portuguesa quem detém o melhor tempo das participantes, Carla Salomé Rocha (2h27m08s).

Para o programa “Quarto Árbitro”, do JPN, dias antes da conferência de apresentação da prova, o diretor-geral da RunPorto, Jorge Teixeira, focou o caráter internacional da prova, as centenas de pessoas envolvidas na organização e a importância do evento para a economia da cidade.

Artigo editado por Filipa Silva