O Coliseu do Porto encheu, este sábado, para ouvir aquele que é um dos filhos da cidade. Miguel Araújo encheu, mais uma vez, a maior sala de espetáculos da Invicta na apresentação do seu novo álbum “Giesta”.
22h10. “Lurdes Valsa Lenta” é a música escolhida por Miguel Araújo para dar início ao espetáculo. O cantor surge no palco, muito simples, com alguns dos seus músicos. O Coliseu aplaude efusivamente aquele que é um dos filhos da cidade.
Seguem-se as canções “Ventura”, “José” e “Romaria das Festas de Santa Eufémia”. O público canta ao mesmo tempo que o cantor, criando um ambiente único na sala.
“Boa noite, Porto!”. É assim que Miguel Araújo se dirige à plateia pela primeira vez. “É sempre bom voltar a casa”, confessa.
Soam os primeiros acordes de “Meio Conto”. O público aplaude e vai dançando ao ritmo da balada. De seguida, o maiato explica que Giesta é nome do sítio onde cresceu em Águas Santas e diz que este álbum é muito especial porque gira à volta dos avós e dos seus primeiros passos no mundo da música.
Miguel Araújo leva o Coliseu às gargalhadas com a explicação de “Via Norte.” A boa disposição impera na maior sala de espetáculos da cidade do Porto.
É após “Terra de Ninguém” que se dá um dos grandes momentos da noite. Rui Veloso entra em palco para cantar “Sangemil” com Miguel Araújo, após o cantor explicar que os seus tios, os Kappas, tinham sido os grandes impulsionadores da sua carreira musical. É feita uma ovação aos dois cantores mal começam a cantar.
“Quarto da Glória” e “Será Amor” foram interpretadas com Joana Almeirante, uma das suas colegas de banda. “Fixem este nome porque vocês ainda vão ouvir falar muito nele”, diz o artista. As músicas são cantadas por todos aqueles que estavam na sala.
Ana Bacalhau é chamada ao palco para outro dos momentos mais aplaudidos da noite. “Ciúme” é cantada de forma muito cúmplice e animada. A plateia levanta-se para aplaudir os dois artistas.
“5 minutos de Whisky”, “Readers Digest”, “Fado Dançado”, “Recantiga” e “1987” são entoadas antes de outro momento que levou toda a gente ao rubro. Miguel Araújo chama ao palco os Kappas, que são uma banda criada por tios e primos do artista. “House of the Rising Sun” é a música que se ouve. Mais uma vez, o público fez uma ovação em pé.
Ouve-se uma das músicas mais conhecidas do cantor, “O Marido das Outras”, antes de os Azeitona entrarem em palco para cantarem o “Quem és tu, Miúda?” e levarem o Coliseu ao êxtase.
É com “Anda comigo ver os aviões” que Miguel Araújo faz com que o Coliseu se encha de luz. Rui Veloso volta a aparecer em palco para cantar “Porto Sentido”. Um momento de pura cumplicidade e harmonia musical entre o anfitrião e o convidado da noite.
Para se despedir daquela que é “uma das [suas] casas”, Miguel Araújo chama ao palco toda a equipa e convidados para acabar com a “Balada Astral”. Mais uma ovação por parte do público que ditou o fim de um espetáculo de sonho.
Maria Elisa, uma fã acérrima
Com 25 anos, Maria Elisa confessa-se uma fã acérrima de Miguel Araújo. Esteve em Lisboa, em Gouveia, na sua zona de residência e vem pela segunda vez ao Coliseu do Porto assistir a um espetáculo do músico maiato. No fim do concerto, só tem uma coisa a dizer: “Ele é grande.”
Maria Luís Queirós, 20 anos, tinha grandes expetativas no início do concerto. Depois de ter estado, no ano passado, no mesmo Coliseu, para um dos grandes concertos de Miguel Araújo com António Zambujo, a jovem afirma que “as expetativas foram totalmente realizadas” e que saiu muito feliz no fim do espetáculo.
Francisco Maia, com apenas 10 anos, esperava que “o coliseu enchesse, toda a gente estivesse em pé a pedir mais músicas e foi o que aconteceu.” Afirma que Miguel Araújo é um dos seus cantores favoritos.
Elvira Sá, com 50 anos, veio, pela primeira vez, assistir a um concerto do artista. “Fiquei surpreendida pelos convidados porque não sabia que ele ia convidar alguém para o acompanhar.”. Admite que este não será o último concerto do artista que vê.
Depois do Coliseu do Porto, Miguel Araújo segue para o Coliseu de Lisboa para apresentar o seu mais recente álbum “Giesta”, nos dias 10 e 11 de novembro.
Artigo editado por Filipa Silva