Há cerca de um ano, a Escola Superior de Saúde (ESS) deixou Vila Nova de Gaia e mudou-se para o campus universitário da Asprela. O antigo edifício cor de rosa que pertencia à Universidade Católica Portuguesa (UCP) foi comprado pelo Instituto Politécnico do Porto (IPP) e vestiu-se de branco para receber novos estudantes.
Com as aulas no novo edifício a funcionar pelo segundo ano letivo consecutivo, só esta sexta-feira é que o IPP pôde inaugurar o novo espaço, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado foi recebido à entrada da nova ESS por protestos dos técnicos de diagnóstico e terapêutica, que fizeram chegar a Marcelo uma lista com reivindicações.
De acordo com Rosário Gamboa, presidente do IPP, o edifício da nova Escola Superior de Saúde foi totalmente “reabilitado e reequipado”. As alterações passaram pelo “investimento em equipamentos mais atualizados a nível laboratorial”, mas o fundamental são “os espaços maiores para organizar todas as atividades letivas e de apoio aos estudantes”. Na opinião da dirigente, o novo edifício é “muito melhor” do que o anterior e a localização “é um fator importantíssimo”. Os espaços reabilitados têm laboratórios novos com “equipamento específicos” para as 12 licenciaturas, 11 mestrados, doutoramento e as 22 pós-graduações.
Os alunos concordam com Rosário Gamboa sobre as novas instalações. Ariana Barros tem 21 anos e acha que a nova ESS representa “um avanço grande para a faculdade” e que o tamanho do edifício é o melhor atributo: “Agora temos muito mais espaço para ter aulas, para estudar e até os professores parecem mais motivados a dar aulas”, declarou ao JPN. Relativamente à localização, a estudante que também teve aulas nas antigas instalações disse que “a localização é muito melhor”, porque “há mais acesso a outras faculdades, a outras pessoas e os alunos têm muitas mais formas para se deslocarem”.
O Presidente da República foi ainda alvo de uma distinção pelo IPP e tornou-se na primeira pessoa a receber o título de honra do Politécnico do Porto. Um prémio que Marcelo Rebelo de Sousa considerou ser “imerecido”. O chefe de Estado disse que “não soube a tempo que ia receber a honra” e que se soubesse “teria recusado, porque um presidente em exercício de funções deve resistir a receber este tipo de distinções”.
Marcelo disse ainda que “gosta de fazer surpresas”, mas que “não gosta de ser surpreendido”. A intervenção do Presidente da República terminou a dizer aos futuros profissionais de diagnóstico e terapêutica “que reconhece os anseios vividos pelos estudantes e como a saída da crise cria uma ideia de resolução mais imediata de problemas que não são de fácil resolução”. Aos futuros técnicos da área saúde deixou uma observação que soa a advertência. A de que estes só são “felizes quando fazem a felicidade dos outros”.
Artigo editado por Filipa Silva