Depois das plataformas “Study in Portugal” e “Study & Research in Portugal“, lançadas com o objetivo de ajudar estudantes e investigadores estrangeiros a conhecerem melhor o sistema de ensino superior português, é a vez do Governo se virar para o mercado interno lançando uma ferramenta que visa apoiar a mobilidade internacional de estudantes, investigadores, docentes e não-docentes portugueses que queiram fazer trabalho académico e científico no estrangeiro.

A plataforma “Study & Research Abroad” é apresentada esta terça-feira ao público, em Lisboa, no Teatro Thalia, pelos secretários de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo.

O Study & Research Abroad é um guia online para a mobilidade que incluirá, de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) “informação e recomendações e presta apoio a quem pretenda realizar uma experiência de mobilidade internacional, no âmbito de atividades de ciência, tecnologia e ensino superior”.

“Informar-se acerca do país escolhido para estudar, conhecer a Rede de Postos Consulares de Portugal, tratar da documentação necessária, planear o orçamento necessário para estudar lá fora”, são alguns dos aspetos em que a plataforma pretende ajudar, indica o MCTES numa nota de imprensa enviada às redações.

Além da informação online, aqueles que derem início a um processo de mobilidade internacional através da Agência Nacional Erasmus + Educação e Formação, vão receber também um kit informativo.

Além dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros e do Ensino Superior, e da Agência Erasmus +, a iniciativa envolve ainda a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a Direção Geral do Ensino Superior e as Instituições de Ensino Superior.

Bolsas Eramus vão subir

Além da apresentação da plataforma, o encontro desta terça-feira tem na agenda uma “reflexão do Programa Erasmus em Portugal”. A ideia é “refletir e perspetivar o futuro” do programa que em 30 anos (1987-2017) permitiu a mobilidade a mais de 200.000 estudantes portugueses.

Para este ano de 2018, há uma novidade: as bolsas Erasmus vão ser atualizadas. Atualização essa que, de acordo com a Agência Erasmus+ portuguesa se vai traduzir num aumento médio de 15% nas bolsas para estudos, 10% nas bolsas para estágios de estudantes ou recém-graduados e de 5% nas bolsas para mobilidade de pessoal docente e não-docente.

De acordo com os dados mais recentes, disponibilizados pela Comissão Europeia, a Espanha lidera o país que mais estudantes europeus recebe. Portugal é o oitavo destino preferido na Europa. Para os portugueses, Espanha, Itália e Polónia são os destinos favoritos, sendo as universidades de Lisboa, Porto e Coimbra aquelas que mais pessoas veem sair para uma experiência no exterior. No ano letivo 2015/2016, sairam de Portugal 8.705 pessoas no âmbito do programa e entraram 12.969.

O programa Eramus mudou em 2014, ano em que passou a Erasmus+, com um orçamento reforçado e englobando outras vertentes de ação, nomeadamente no desporto e ao nível dos estágios.

O Erasmus+ envolve 33 países – além dos 28 da União Europeia (contabilizando ainda o Reino Unido), participam a Islândia, Lichtenstein, Noruega, a Macedónia e a Turquia.