O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Departamento de Doenças Infeciosas, está a promover o primeiro estudo sobre a prevalência de quatro microrganismos responsáveis por infeções sexualmente transmissíveis (IST) em Portugal continental. O estudo é dirigido a jovens com idades entre os 18 e os 24 anos.

O rastreio pode ser realizado, em qualquer laboratório do Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa,  através de uma colheita de urina, de forma gratuita, voluntária e anónima e os participantes podem solicitar o acesso aos seus resultados.

Os dados sobre os microrganismos em estudo – Chlamydia trachomatis, (Clamídia Genital), Neisseria gonorrhoeae (Gonorreia), Mycoplasma genitalium e pelo parasita Trichomonas vaginalis (Tricomoníase) – são quase inexistentes.

“As IST não tratadas podem causar doença inflamatória pélvica e até mesmo a infertilidade e potenciam também o risco de aquisição e transmissão do VIH/SIDA”

Numa nota enviada às redações, Maria José Borrego, Investigadora e Coordenadora do Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis do INSA, diz que é necessário sensibilizar os jovens, para a importância de procurarem diagnóstico, uma vez que a maioria das IST não apresentam sintomas, e atuar na prevenção.

“É necessário atuarmos ao nível da prevenção e da sensibilização, sobretudo porque a população jovem também desconhece as consequências das IST na sua saúde reprodutiva. As IST não tratadas podem causar doença inflamatória pélvica e até mesmo a infertilidade e potenciam também o risco de aquisição e transmissão do VIH/SIDA”, explica Maria José Borrego.

Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que as quatro IST em estudo causam mais de 350 milhões de novas infeções, por ano, no mundo e são as mais frequentes nos jovens sexualmente ativos.