Às portas de comemorar o 20º aniversário, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves tem um novo diretor. João Ribas, de 38 anos, que é desde 2014  diretor-adjunto da instituição, foi o eleito do júri do concurso internacional lançado no final de 2017 para suceder a Suzanne Cotter. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira em Serralves.

O “excelente percurso internacional” e o profundo conhecimento da instituição que vai passar a liderar foram apontados pelo júri como fatores determinantes na escolha de João Ribas.

“A sua visão programática para o Museu é muito estruturada, estimulante e refrescante, atributos considerados essenciais para liderar o novo ciclo que se aproxima com a comemoração dos 20 anos do Museu de Serralves”, refere a Fundação de Serralves em comunicado.

A instituição não divulga o número de candidatos, mas informa que o concurso foi “muito concorrido” e que nele participaram “candidatos oriundos de todo o mundo”.

João Ribas nasceu em Braga em 1979 e viveu nos Estados Unidos durante 26 anos. Lá foi o curador do MIT List Visual Arts Center, em Cambridge, entre 2009 e 2013, e do The Drawing Center, Nova Iorque, entre 2007 e 2009. Neste país, publicou ainda vários artigos na qualidade de crítico de arte.

De acordo com a Fundação, o novo diretor do Museu de Serralves lecionou na Yale University School of Art, na Rhode Island School of Design e na School of Visual Arts, em Nova Iorque.

João Ribas vai substituir Suzanne Cotter que dirigia o Museu de Serralves há cinco anos. A curadora e historiadora de arte de nacionalidade australiana e britânica vai abraçar um novo desafio tornando-se este mês diretora do Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean (Mudam) do Luxemburgo.

O bracarense vai ser o quarto diretor do museu, aberto em 1999, integrando uma lista com os nomes do espanhol Vicento Todolí, João Fernandes e, desde 2012, Suzanne Cotter.